domingo, 29 de novembro de 2009

Se O Estômago Falasse...

Recebi por imêiou hoje. Relevem os palavrões, mas o texto sem eles perderia muito da graça.

Enqüanto isso, no rodízio...


- Estômago: - Cara, manera aê com o que vai comer. Essa semana foi foda. Manda uns vegetais pra dentro, porque as coisas no intestino estão feias.

Primeiro prato (800g): Arroz, feijoada, cupim, picanha, coração de galinha e tomate.

- Estômago: - Tá de sacanagem, né? Duas rodelas de tomate? E essas carnes mal-passadas? Pelo menos mastiga direito essa porra.

Segundo prato (550g): Arroz, costela, picanha, alcatra e salada de maionese.


- Estômago: - Chega de carne, cara, não cabe mais nada aqui. Lembra daquela úlcera? Tá faltando pouco pra cicatriz abrir. Tu quer fuder com tudo, né? Manda um pouco de água.

Bebida: Coca-Cola 600ml

- Estômago: - Seu imbecil, eu falei um pouco de água.
- Sujeito: - Ué, Coca-Cola tem água. E ainda ajuda a dissolver a carne.
- Estômago: - Coca-cola tem o inferno dentro, porra. Tá fudendo aqui com o suco-gástrico.
- Esposa: - Amor, com quem você tá falando?
- Sujeito: - Nada, não, tô pensando alto.

Sobremesa: 300g de pudim.

- Estômago: - Eita porra, cabe mais não. Tá ouvindo?
- Intestino: - O que tá acontecendo aí em cima? Que zona é essa?
- Estômago: - O cara tá empurrando comida. Agora veio pudim pra dentro. Não sei mais o que fazer.
- Intestino: - Vamos mandar direto.
- Estômago: - O quê?
- Intestino: - É isso aí, operação descarga.
- Estômago: - Cara, o cérebro não vai gostar.
- Intestino: - Foda-se o cérebro, ele nunca veio aqui em baixo pra saber como são as coisas.
- Estômago: - Vamos dar mais uma chance pra ele. Eu acho que ele não vai mais...

Bebida 2: Cafezinho.

Estômago - Filho de uma puta. Vou explodir.
Intestino - Operação descarga iniciando. Anda, libera o canal do duodeno que eu já tô conversando com o esfíncter.
Coração - Que que tá havendo aí embaixo? A adrenalina tá aumentando muito.
Intestino - Operação descarga.
Coração - Quem autorizou isso? O cérebro não me mandou nada.
Estômago - Foda-se aquela geléia! Nem músculo tem.
Intestino - É isso aê, foda-se essa géleia inútil. Vinte segundos pra abrir o esfíncter anal. Quero ver o ânus arder com esse suco gástrico.

Esposa - Amor, você tá passando bem? Tá suando todo, aonde você vai?
Sujeito - Preciso ir ao banheiro, urgente. Paga a conta e me espera no carro.
Esposa - O que você comeu pra isso?
Sujeito - Não sei. Acho que foi o tomate.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Por Um Natal Sem Sangue


Não consigo encontrar sentido em brindar o nascimento de um indivíduo pacifista e fraternal - possivelmente o maior ícone da história da humanidade - degustando do sangue de seres inocentes.

Vamos raciocinar. Será que o aniversariante da data, Jesus de Nazaré, compartilharia do banquete cadavérico recheado de animais abatidos? Ou será que ele proporia uma ceia não-violenta?

Poupar animais de exploração, dor e sofrimento antes de eventualmente vir a ser considerada uma questão religiosa, é fundamentalmente uma questão ética. A ética que sugere que não façamos ao outro aquilo que não gostaríamos que fizessem conosco. Se você não se importar de se fazer de alimento para que o devorem, encerro meus argumentos. O que posso garantir é que a proteína animal constante na mesa de muitos ditos cristãos está ali sem qualquer consentimento das vítimas, e que provavelmente dedicaram todos os seus esforços para continuarem vivos, numa vã tentativa de driblar o carrasco - você, consumidor.

Falta um mês para o Natal. Que não falte coerência na mesa daqueles que ceiam.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Vai Comer Um De Raça Ou Vira-Lata?

Nessa semana foi noticiado o fato de que quatro pessoas residentes em São Paulo foram presas por manterem um abatedouro de cachorros.

Utilizando uma definição simples e direta, abatedouro é a instalação industrial destinada ao abate, processamento e armazenamento de produtos de origem animal. É evidente que as empresas que comercializam esse tipo de "mercadoria" não têm interesse em mostrar o que acontece nesses ambientes, temendo uma perda significativa no número de consumidores desses "produtos". Se, mesmo assim, você quer saber o que de fato ocorre num abatedouro, recomendo que assista aos documentários "A Carne É Fraca" (produção brasileira) e, sobretudo, "Terráqueos" ("Earthlings", produzido nos Estados Unidos). Ambos estão disponíveis no You Tube.

Voltando ao assunto "abate de cachorros"... sugiro a leitura da matéria "Polícia fecha dois restaurantes que vendiam carne de cachorro no Bom Retiro
", disponível em: http://oglobo.globo.com/cidades/mat/2009/11/12/policia-fecha-dois-restaurantes-que-vendiam-carne-de-cachorro-no-bom-retiro-914717896.asp

O que dá a nós, ditos humanos, o direito de intervir no destino de um cachorro explorando-o, confinando-o, engordando-o e abatendo-o para dessa seqüência obter lucros financeiros? O que dá a nós, ditos humanos, o direito de intervir no destino de um boi, de uma vaca, de um porco, de uma galinha, de um frango, de um peru, de um cavalo, de um ganso, de um peixe, entre tantos outros exemplos possíveis, para tratá-los como coisa e causar-lhes danos físicos e psíquicos? A degustação saborosa de suas carnes justifica a brutalidade?

Espero que sejamos capazes de observar que, sendo cachorro, vaca ou criança, são todos seres comprovadamente capazes de experienciar alegria, prazer, dor e sofrimento. Diante da vítima, a brutalidade é a mesma.

Está servido?

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Balanço Do Mês - Outubro

Desde o dia 6 com problemas para conectar a internet de casa (questão solucionada apenas em novembro), bateu uma saudade de postar por aqui.

Bom, vamos a alguns dos fatos. No dia 11 descolei um "bico" como fotógrafo/jornalista esportivo, quando fui com um camarada acompanhar os acontecimentos de um torneio estadual de vôlei de praia. Ele cobriu a categoria sub-17 enqüanto dediquei minha atenção à categoria sub-21. Foi uma manhã agradável, onde as jogadoras desfilavam seu voleibol e seus corpos esculpidos pela prática esportiva - sim, foi possível prestar atenção em ambas as coisas. Mais informações do evento podem ser vistas em http://rededevolei.blogspot.com/2009/10/resultados-finais-da-etapa-sub-21.html (feminino) e http://rededevolei.blogspot.com/2009/10/resultado-final-da-etapa-sub-21-carioca.html (masculino). Perceba como o fotógrafo é bom por demais da conta. d:

No dia seguinte, feriado de Nossa Senhora Aparecida, encarei uma tarde quente (com toda a pinta de estarmos no verão e justificando essas discussões climatológicas de aquecimento global) e fui assistir ao jogo Botafogo e Avaí. Foi o maior público presente no Engenhão em 2009, uma festa muito bacana. A atuação da equipe não foi lá grandes coisas, mas valeu pelo empenho no segundo tempo que rendeu um empate em 2a2. Um pouco dessa atmosfera maravilhosa em dois vídeos:
http://www.youtube.com/watch?v=d7QnjQEMHnM e http://www.youtube.com/watch?v=DclJ9UQi-oc

No dia 15 fui a um show na Funarte, show que seria realizado na semana anterior mas foi adiado porque a cantora não conseguiu chegar ao local. Não, na ocasião não foi um apagão... é que quando chove torrencialmente em cidades como a do Rio de Janeiro, o sistema de transportes fica severamente comprometido, inclusive para artistas como a Tiê. Enfim, valeu ter ido. Apesar de ser um show meloso demais pro meu gosto, foi uma noite agradável.

No dia seguinte, tomei um susto passeando com as cadelas. Eis que estamos Gaia, Samadhi e eu dando uma volta no Maracanã. Normal, fazemos isso quase que diariamente. Alguns dias antes vinha "acostumando" elas (e a mim também) a andarem sem coleiras. Pois bem. Eis que, num determinado momento, ambas as cadelas resolveram avançar em direção ao movimentado asfalto da avenida Maracanã. Felizmente, ninguém se feriu. Mas o susto foi sinistro...

Um dia depois, minha querida Vila Isabel foi noticiada na mídia nacional e internacional. E não era para falar de carnaval. Ocorreu um lamentável episódio de confronto bélico entre policiais e traficantes de entorpecentes. No meio da confusão, um helicóptero da PM foi abatido, e 2 dos 4 tripulantes acabaram falecendo. É um cenário de guerra urbana. Não precisamos citar Bagdá, Cabul ou Faixa de Gaza para falarmos em guerra, ela tá bem mais perto de nós.

Cuide-se. E se vier ao Rio, não venha de helicóptero. (Péssima, tô sabendo)

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Internet... Onde?

Depois de cerca de quatro semanas e com todo um trabalho pessoal de aceitação e superação do que poderia potencialmente se tornar uma crise de abstinência, volto a acessar a internet deste lardo celar. Afinal, estamos falando aqui não de quatro segundos, nem quatro minutos, nem quatro dias, mas de quatro semanas.

Interessante que nesse período não joguei uma única partida de truco e - veja você - sobrevivi para contar a história. Às vezes, "problemas técnicos" são de grande valia para demonstrar para nós que há vida fora do monitor. Aliás, é basicamente fora dele que a vida está. É inegável o quão contente fico por voltar a usufruir da rede, mas... viva o mundo real!

Em breve trarei alguns dos fatos de outubro, para o já tradicional "balanço do mês".

Um oferecimento [anuncie seu produto aqui, pergunte-me como].

Abraços virtualmente reais.