sábado, 31 de dezembro de 2011

Anos Melhores Para Pessoas Melhores

31 de dezembro -> 1º de janeiro. Poderia ser somente mais uma mudança de data, mas no inconsciente coletivo trata-se de novos tempos, tempos de mudanças (de preferência, para melhor). E é nesse sadio clima de virada de ano que desejo a todos um ótimo 2012, agradecendo por tudo o que aconteceu em 2011 - que possamos carregar aprendizados e experiências como bagagem para a nossa evolução.

Inspirado no ensinamento de Mahatma Gandhi "seja a mudança que você quer ver no mundo", convido cada um a refletir sobre suas escolhas, seus atos, enfim seu modus vivendi. A transformação começa - e termina - com uma reforma íntima, pessoal e intransferível. Seja melhor para o mundo que o mundo será melhor para você!

E só para constar,esta é a 100ª postagem publicada neste espaço. Que estejamos juntos para outras marcas centenárias. (:

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Luz Do Bhagavata - Verso 17

Quando as nuvens aparecem no céu o pavão começa a dançar em êxtase, assim como uma alma sincera fica submersa em alegria ao aparecer uma pessoa santa em sua casa.

O dever dos sábios e das pessoas santas é ir de porta em porta e iluminar os chefes de família, dando-lhes conhecimento espiritual. Compara-se a vida de chefe de família a um poço escuro. Num poço escuro a rã não consegue ver luz profusa do céu aberto. O poço escuro da vida de chefe de família mata a alma. Deve-se, portanto, sair dela para que se possa ver a luz da visão espiritual. As pessoas santas e os sábios misericordiosamente tentam resgatar as almas caídas do poço escuro da vida de chefe de família. Portanto, um chefe de família iluminado fica satisfeito quando eles vêm à sua casa. A mente de um chefe de família, que é uma alma condicionada, está sempre perturbada pelas três classes de misérias da vida material. Todos desejam ser felizes em sua vida familiar, mas as leis da natureza não permitem que alguém seja feliz na existência material, que é como um fogo que surge na floresta sem nenhuma intervenção humana.

Na era de Kali, como descrito antes, as pessoas em geral não se satisfazem mais com a presença das pessoas santas e dos sábios, nem estão interessadas em iluminação espiritual. As pessoas santas e os sábios, no entanto, correm todos os riscos para propagar a mensagem de Deus. O Senhor Jesus Cristo, Thakura Haridasa, o Senhor Nityananda Prabhu e muitos outros sábios arriscaram suas vidas para propagar a mensagem de Deus. Pessoas santas e sábios auto-realizados correm esse risco em prol da iluminação espiritual das pessoas. Eles não fazem votos de silêncio visando receber glorificação barata da massa de pessoas ignorantes. Deus fica satisfeito apenas quando Seus devotos correm toda sorte de riscos para propagar Suas glórias. Semelhantes devotos não temem a difícil jornada para cruzar o oceano de ignorância. Eles estão sempre ansiosos pelo bem-estar das almas caídas, que estão apegadas ao falso gozo da vida material, na qual elas esquecem seu relacionamento eterno com Deus.

É dever das pessoas santas e dos sábios iluminar as almas caídas, e, por sua vez, é dever do chefe de família recebê-los cordialmente, assim como o pavão dança em êxtase devido à presença de nuvens no céu. Só se pode extinguir o fogo das três classes de misérias experimentadas pelos homens materialistas com a nuvem da misericórdia das pessoas santas e dos sábios, que podem derramar a água dos tópicos transcendentais para pôr um fim às misérias dos chefes de família.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Natal É Nascimento E Nascimento É Vida

Este tema foi tratado por aqui no ano passado e não é minha intenção me estender muito e menos ainda ser repetitivo. Mas não pode passar batido algo tão relevante como a discussão sobre o que estamos fazendo com o Natal (ou o que estamos fazendo do Natal).

Em primeiro lugar, etimologicamente "natal" quer dizer "nascer". Ou seja, cada um que esteja lendo essas palavras teve o seu dia de natal, convenientemente registrado em documentos como a certidão de nascimento ou a carteira de identidade.

Nessa data de vinte e cinco de dezembro, o Natal tem um sentido mais místico e religioso, até porque o ser que tem o nascimento celebrado é simplesmente divinal: Jesus Cristo. Daí nasce a discussão: como celebrar o natal de alguém como Jesus?

Eu, particularmente, acho que estamos fazendo isso da forma errada. Nascido numa manjedoura (do italiano mangiatoia: local onde se põe comida para os animais) e figura pacifista por toda a vida, Jesus é hoje "homenageado" pela degustação de cadáveres animais (seja peru, chester, frango, pato, tender, a lista é extensa). Será que o lugar onde se põe comida para os animais foi confundido com o lugar onde comemos os animais? O banquete da ceia natalina, onde pseudos-cristãos gozam de uma orgia alimentar descaracterizada de qualquer sentido sacro, muito mais remete à idéia de matadouro (lugar onde se matam animais) do que qualquer outra coisa.

Então, cá estou através deste texto pedindo uma reflexão: este comportamento à mesa é coerente com a filosofia de vida ensinada por Jesus de Nazaré?

Estou convencido de que não, não é. Por isso, uma ceia estritamente vegetariana é a única alternativa ética para quem quer celebrar um Natal na acepção mais natalina do termo: com vida.

Feliz Natal a todos.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Luz Do Bhagavata - Verso 16

À noite, graças ao luar, podem-se ver as nuvens movendo-se no céu. E a própria Lua também parece estar se movendo, assim como o ser vivo parece movimentar-se devido à falsa identificação com a matéria.

À noite, na estação chuvosa, as nuvens em movimento, refletindo a luz da Lua fazem com que esta pareça estar se movendo. Isso se chama ilusão. A alma espiritual, ou o ser vivo, é a raíz de todas as atividades do corpo material, mas por causa da ilusão a alma espiritual permanece coberta pelos corpos materiais grosseiro e sutil. Dessa maneira, a alma condicionada identifica-se com o corpo material e fica sujeita aos ditames do falso ego.

Esse falso ego obriga a entidade viva a considerar que seu corpo material é seu verdadeiro eu, que os frutos do corpo são seus filhos e que a terra natal do corpo é um objeto de adoração. Desse modo, a concepção de nacionalismo do ser vivo é outra espécie de ignorância. Por causa da ignorância, o ser vivo identifica-se com sua terra natal e atua segundo concepções errôneas de idéias nacionalistas. Entretanto, ele de fato não pertence a nenhuma nação ou espécie de vida. Ele não tem nada a ver com o corpo, assim como a Lua não tem nada a ver com as nuvens moventes.

A Lua está muito distante das nuvens e fixa em sua própria órbita, mas a ilusão apresenta uma cena em que a Lua parece estar se movendo. O ser vivo não deve pairar na concepção errônea de que é o corpo temporário; ele deve sempre saber que seu verdadeiro eu é transcendental à identidade corpórea. Esse é o caminho do conhecimento, e o conhecimento completo fixa o ser vivo na órbita das atividades espirituais.

A força viva espiritual é sempre ativa por natureza. Devido à ilusão, suas atividades são executadas erroneamente em prol do corpo, mas na condição liberada, com conhecimento completo, suas atividades são conduzidas em devoção espiritual. Liberação não significa cessar as atividades, mas sim abandonar as atividades ilusórias e transcender à identificação com os corpos grosseiro e sutil.

sábado, 15 de outubro de 2011

Duas Noites Memoráveis No Rock In Rio 2011

Vivi duas noites mágicas na "Cidade do Rock". Venho nesse espaço compartilhar um pouco dessa experiência, que espero guardar para sempre na memória.

24 de setembro de 2011

Cheguei por volta das 16h e logo me chamou atenção a magnitude do espaço do evento. O banheiro masculino chegava a ser engraçado: um corredor de, sei lá, vinte metros de comprimento para que os homens urinassem. As filas para uso de brinquedos como a Roda Gigante, a Tirolesa e a Montanha Russa eram também de amplas dimensões - não me candidatei a enfrentar nenhuma delas, já que o entretenimento que buscava seria exibido em cima dos palcos. Então, vamos ao que mais interessa: falar dos shows.

No Palco Sunset assisti a duas apresentações. A primeira foi uma parceria entre Tulipa Ruiz e Nação Zumbi, que animou a galera. E, se animou a galera, o saldo foi positivo. Depois vieram Milton Nascimento e Esperanza Spalding, que mostraram um entrosamento muito bacana. Já bastaria a voz de Milton para o espetáculo ficar a contento, mas o show teve mais: sanfona e violão de Milton, baixo elétrico e contrabaixo de Esperanza (artista revelação do Grammy do ano passado) e uma harmonia que fazia parecer que os dois foram criados no mesmo berço (clique e confira a música "Maria, Maria", que encerrou a apresentação). Foi uma ótima deixa para rumar ao Palco Mundo.

No Palco Mundo, quem abriu as apresentações pontualmente às 19h foi a banda paulista NX Zero, rotulada emo por uns, rock por outros. E só pra deixar ainda mais dúvida sobre qual é a desse grupo, o rapper Emicida participou da primeira música ("Só Rezo 0.2"). Mas o fato é que os garotos do NX Zero surpreenderam positivamente minhas expectativas e, rótulos de gênero à parte, cumpriram o seu papel. A exaltação do vocalista Di por tocar no Rock In Rio no mesmo dia de Red Hot Chili Peppers deve ter conquistado o público (a mim pelo menos soou muito bem). Clique aqui para ver e ouvir a música "Cedo Ou Tarde".

Caía uma chuvinha gostosa (palavras de alguém que vestia uma capa) quando o Stone Sour fazia sua apresentação. E essa banda pode ser considerada a mais grata surpresa do Rock In Rio 4. Eu nem sabia que o enérgico vocalista Corey Taylor desse sua voz também ao Slipknot. Sem máscara e com muita interação com o público, Corey tomou conta do palco, da platéia e da Cidade do Rock. Foi um baita show, sem dúvida alguma. E tudo isso sem o baterista oficial do grupo: a primeira filha de Roy Mayorga estava para nascer naquele final-de-semana, e ele não veio para o Brasil. Espero que no Rock In Rio 5, prometido para 2013, o Stone Sour esteja de volta, com Roy Mayorga e toda essa intensidade que contagiou a galera. Três vídeos para vocês: "Made Of Scars", "Through Glass" e "Get Inside" + "Hell & Consequences".

São Pedro mandou fechar a torneira e lá veio o Capital Inicial para a 3ª apresentação no Palco Mundo naquela noite de sábado, 24 de setembro de 2011. O vocalista Dinho Ouro Preto sacodiu a multidão com músicas que estavam na ponta da língua da galera e com discursos de cunho político que chegaram a arrancar homenagens a José Sarney, convidado a tomar naquela região do corpo humano reduzida a duas letras - era a deixa para "Que País É Esse?". Sensível às pessoas que pareciam sofrer esmagadas na grade, Dinho distribuiu água e isotônico arremessando os recipientes para os eleitos. E, entre uma boa música e outra, foi tocante quando lembrou o desencarne de Rafael Mascarenhas, "fã de Red Hot Chili Peppers mais do que tudo", e que comemoraria vinte anos de nascimento naquela noite.

A 4ª banda a se apresentar era a escocesa Snow Patrol, a qual fui conhecer recentemente (depois de tomar ciência de que eles tocariam no dia do Red Hot Chili Peppers). Gostei de muitas das composições, e isso elevou as minhas expectativas com relação ao show. Mas, apesar da simpatia do vocalista e guitarrista Gary Lightbody, achei essa apresentação a mais fraca da noite. Não é que as músicas não tenham funcionado no palco - elas continuaram belas (clique e confira a 1ª música da apresentação: "You're All I Have"). Acho que o que faltou foi energia, sobretudo porque a galera vinha de três shows vibrantes. No festival de boas intenções, tiveram lugar a participação da brasileira Mariana Aydar, elogios ao futebol brasileiro e uma bandeira brasileira exibida de cabeça-para-baixo. A guitarra, por um momento, parou de funcionar. O público aguardou o reparo do instrumento, mas o que todos queriam mesmo é que aquela apresentação acabasse logo e que começasse o quanto antes o show mais esperado da noite - e um dos mais aguardados do Rock In Rio 2011.

E era chegada a hora! O Red Hot Chili Peppers iniciou sua épica apresentação com "Monarchy Of Roses", emendando "Can't Stop", "Charlie", "Otherside" e "Look Around". Ou seja, cinco músicas de quatro álbuns diferentes (incluindo duas do mais recente trabalho do grupo). Que banda no mundo consegue isso mantendo o mais alto nível nas composições? E isso porque ainda viriam, logo na seqüência, "Dani California" e "Under The Bridge", para delírio de cem mil pessoas e emoção desse que vos relata. Quando o RHCP tocou "Californication" era o êxtase na Cidade do Rock. E o que dizer quando, imediatamente após, vinha "By The Way"? Não tenho condições de descrever o sentimento. Os Chili Peppers deixaram o palco. Mas quem arredou pé? A multidão queria mais! E eles voltaram, vestindo camisas brancas estampadas com o rosto de Rafael Mascarenhas, em bonita homenagem ao filho de Cissa Guimarães. Voltaram tocando "Around The World"! E fecharam aquela noite inesquecível com "Blood Sugar Sex Magik" e "Give It Away". Só tenho a agradecer ao Red Hot por aquele momento que presenciei na minha cidade natal. E a Deus, por possibilitar que tudo isso acontecesse. Naquela noite, os deuses da música sonharam com os anjos. Dream on Californication. Dream on Californication. Clique e confira o solo de bateria de Chad Smith, minutos antes de a banda voltar ao palco.

2 de outubro de 2011

Com a experiência de quem estava indo pela segunda vez à Cidade do Rock (uau!), me posicionei mais ou menos perto de onde estive no dia 24 de setembro. E a vibração já começou lá em cima, com Tico Santa Cruz chamando a galera pra pular: o vocalista do Detonautas Roque Clube foi performático em cima do palco, alternando o visual que começou sob uma capa preta até a nudez do peito exibindo suas incontáveis tatuagens e incluindo o uso de uma máscara de Guy Fawkes (anarquista inglês que tentou explodir o parlamento britânico no século dezessete). A abertura foi com "Mercador Das Almas" e, com um repertório musical recheado de sucessos ("Olhos Certos", "O Dia Que Não Terminou" e "Quando O Sol Se For" são alguns exemplos) a harmonia da galera com o Palco Mundo foi total. E o negócio ficou ainda melhor quando rolou uma homenagem a Raul Seixas, com "Metamorfose Ambulante". Foi um bom "esquenta" para a noite de dois de outubro.

Pitty veio logo em seguida, tocou hits, tentou conversar com a multidão, enfim, até se esforçou. O ponto alto do show ficou para o final, quando homenageou Nirvana (o disco "Nevermind" completa vinte anos de lançamento) com a música "Smells Like Teens Spirit" - foi naquele momento que testemunhei a primeira rodinha da noite. O repertório da cantora não me agrada e também não gosto do seu linguajar, mas paciência. Até que passou rápido. Clique e confira trecho de "Na Sua Estante".

Para deleite de tímpanos e retinas, Evanescence chegou ao Palco Mundo exibindo belas músicas e toda a exuberância de Amy Lee. Tudo começou com "What You Want" , música do mais novo trabalho da banda. Aliás, funcionou muitíssimo bem a mesclagem de músicas novas com sucessos anteriores, mantendo lá em cima o nível do show. A apresentação terminou com o hit "Bring Me To Life" e, embora todos aguardassem por System Of A Down, o término do show de Evanescence já deixou saudades - a performance de Amy Lee no piano ficou certamente entre os momentos mais marcantes do Rock In Rio 2011 ("My Immortal" não permite que me desmintam).

Em vez de imagens nos telões, uma enorme cortina contendo os dizeres "System Of A Down" anunciava o que estava por vir. O delírio começou antes mesmo de os primeiros sons vindos dos instrumentos e, tão logo começava "Prison Song", a massa pulava enlouquecida na Cidade do Rock. Logo em seguida, "B.Y.O.B." (confira esse início de show clicando aqui)! E se o som do Palco Mundo ia aos trancos e barrancos (em alguns momentos era difícil escutar a voz de Serj Tankian), o uníssiono do público deu conta de manter a vibração lá no topo. Foram vinte e oito músicas na generosa apresentação, incluindo "Radio/Video", "Lost In Hollywood" e fechando com "Sugar". A banda, que tem um discurso político bastante ativo e presente em diversas composições, deixou o seu recado aos brasileiros, referindo-se aos povos indígenas, vítimas de um desenvolvimento desnecessário. Inspirador na luta contra a usina de Belo Monte! Ah! E pra quem curte uma rodinha, confira essa que rolou durante a música "Deer Dance".

Chovia firme sobre a grama sintética da Cidade do Rock, e várias poças se formavam sob os pés do público e também sobre o palco. O hiato de quase duas horas (que em pé, parado e molhado dão uma sensação de eternidade) entre o fim do show do SOAD e o início do show do Guns N' Roses foram o teste para ver quem estava disposto naquela madrugada de dois para três de outubro. Graças a Deus, resisti e pude curtir o show dessa banda de vinte e cinco anos de carreira e recheada de sucessos, que tocou trinta e duas músicas e sacodiu a galera. Um dos melhores momentos foi durante "Sweet Child O' Mine".

Se a edição de 2013 se confirmar, espero lá estar!

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Um Dia Atípico (Se Deus Quiser)

Não vou chegar a dizer que "não deveria ter saído de casa", mas certamente a tarde de hoje esteve entre as menos proveitosas desse blogueiro. Até porque deve ser raro para qualquer um - tomara que seja! - que aconteçam imprevistos desagradáveis por três vezes num período de duas horas.

Visando assistir o jogo de amanhã entre Botafogo e Ceará no estádio Engenhão, tratei de ir comprar ingresso antecipadamente (tudo indica que estará uma loucura comprar no dia da partida, dada a grande procura da torcida botafoguense para o jogo nesse feriado nacional). Saí de casa por volta das 14:30h, peguei a bicicleta, calibrei os pneus e parti em disparada, digo, direção a um posto de venda situado não muito longe de onde moro. Amarrei o estimado meio de transporte não-poluente com a corrente num pedaço de metal localizado na calçada e me direcionei ao estabelecimento comercial onde haviam os ditos ingressos. 1º imprevisto desagradável: acabaram os papéis para impressão dos bilhetes, gerando uma fila de dezenas de pessoas à espera de uma solução.

Passados alguns minutos - o tempo passou relativamente depressa naquele momento em que conversava sobre futebol com alguns dos indivíduos que compartilhavam a espera na fila - fui verificar como estava a bicicleta (mais por curiosidade do que qualquer outra coisa). 2º imprevisto desagradável: o veículo não-motorizado de duas rodas não estava mais lá.

Desci as escadas em velocidade maior do que havia subido e fiquei indignado ao detectar que aquele cenário diante de mim configurava um furto: a bicicleta sumiu e o cadeado estava ali, no chão da calçada, arrombado. Conversei com duas pessoas que estavam ali perto (bota perto nisso, uma delas estava praticamente encostada no local onde estacionei a bicicleta e a outra estava a uns três metros de distância). Ninguém viu nada.

Com o cadeado arrombado em punho, com o coração batendo num ritmo diferente de outrora, com um astral longe daqueles onde me reconheço nos meus melhores momentos e sabe Deus com mais o que, fui caminhando até o outro posto de venda que havia por aquela região. Uma caminhada onde qualquer bicicleta prateada que passasse pelo meu campo de visão me levava a lembrar daquela que tantas vezes andei e que agora estava em posse de alguém em conflito com a lei. Uma caminhada amenizada (ou intensificada, já não sei de mais nada) pela trilha sonora que passava pelos fones de ouvido (de momento lembro que uma das músicas era Boulevard Of Broken Dreams). Cheguei na localidade e... fila. Não, não vou considerar essa nova fila como a 3ª desagradável surpresa. Esta estava por vir alguns minutos depois. Devia ser pouco mais de 16h e devia haver no máximo cinco pessoas na minha frente quando uma funcionária no estabelecimento anunciou: 'estamos sem papel para impressão'. Eis o 3º imprevisto desagradável.

Mas, depois de passar por tudo aquilo, eu não iria sair de lá sem o bendito ingresso. Entre uma conversa e outra, narrei para as pessoas mais próximas geograficamente da minha posição na fila a desagradável experiência de ter a bicicleta furtada minutos atrás, mostrando o cadeado arrombado que ainda carregava em punho. Os minutos avançaram, o cidadão com os papéis para impressão chegou, comprei o ingresso para o setor Oeste Superior (naquela altura os setores Leste Superior e Leste Inferior estavam dados como esgotados) e, finalmente, fui embora dali. No caminho de volta, passei pelo mesmo ponto onde vi a bicicleta pela última vez. Sentimentos mistos, mesclando tristeza com revolta e talvez algum outro destes derivado. Mas vida que segue. Como diz o ditado, "vão-se os anéis, ficam os dedos". Sou grato a Deus por tudo, e tenho plena convicção de que nessa experiência algo aprendi. Espero não ter que passar por outras dessa natureza para seguir evoluindo como pessoa. E que o Botafogo vença o Ceará nessa quarta-feira. E com gol de bicicleta.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Contagem Regressiva Para O Rock In Rio 2011

Chegamos a setembro de dois mil e onze, mês que no dia vinte e três terá a abertura do maior festival de música nesse planeta. São sete dias de shows, num dos eventos mais aguardados do ano. Estou com ingresso para os dias 24.09 (motivação: Red Hot Chili Peppers) e 02.10 (motivação: System Of A Down).

Sou uma pessoa que pode ser considerada tranqüila - pelo menos se usarmos essa massa histérica como parâmetro - e aquela ansiedade louca que costuma anteceder momentos pelos quais estamos aguardando atenciosamente não tomou conta do meu inconsciente. Pelo menos não por enquanto.

Tenho ótimas expectativas para essas duas noites em que estarei na "Cidade do Rock", e hoje ouvi pela primeira (e também pela segunda) vez o mais novo lançamento do Red Hot, que é este álbum denominado I'm With You. A primeira impressão é de aprovação, espero inclusive voltar a este blogue para fazer comentários mais extensos a respeito deste trabalho.

Apesar da grande empolgação em assistir RHCP e SOAD na base do contato visual, estimo que o evento poderia ser ainda melhor. Farão falta bandas como Arctic Monkeys, Foo Fighters, Franz Ferdinand, R.E.M., The Offspring e U2, para só citar essa meia dúzia. Por outro lado, me parecem dispensáveis as escalações de NX Zero, Ivete Sangalo e Shakira, também para citar o mínimo de exemplos. Mas vá lá que seja, vou mirar em Capital Inicial, Snow Patrol, Detonautas, Evanescence e Guns N' Roses para não deixar cair o astral. Mas mirando com moderação, porque sabe-se lá como seria controlar a ansiedade para tudo isso que me espera.

Se você está entre os incontáveis indivíduos que deseja ir ao Rock In Rio 2011 mas não tem posse de ingresso, recomendo que fique atento a essas promoções que estão rolando. A disponiblidade de bilhetes para as pessoas físicas, como nós, foi limitada para que as empresas pudessem lucrar algo mais às custas da aproximação do evento. Uma pena. Aquele tanto de fila poderia ter sido minimizado se fosse adotada uma estratégia mais voltada para o público amante da boa música do que para o marketing empresarial. Coisas assim dificultam que encontremos alguma lógica no slogan "por um mundo melhor". Por ora, essa postagem fica por aqui. Abraços musicalizados.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Luz Do Bhagavata - Verso 15

Entre trovões no céu nublado, aparece um arco-íris sem corda. Seu aparecimento é comparado ao aparecimento da Suprema Personalidade de Deus ou de Seus servos em meio à atmosfera material.

A palavra sânscrita guna significa “qualidade” ou “modo”, como também “cordão” ou “corda”. Quando um arco-íris aparece durante a estação das chuvas, observa-se que ele é como um arco sem guna, ou corda. Da mesma forma, o aparecimento da Personalidade de Deus ou de Seus servos transcendentais não tem nada a ver com os modos qualitativos da natureza material. O aparecimento fenomenal da Transcendência é desprovido das qualidades da natureza material, e assim ele assemelha-se a um arco sem corda.

O transcendental Senhor Supremo possui uma forma eterna dotada de existência, conhecimento e bem-aventurança transcendentais. A energia material funciona a Seu bel-prazer; portanto, Ele nunca é afetado pelos modos da natureza material. Ao aparecer diante de nós, em meio às interações materiais, Ele sempre permanece não afetado, como um arco-íris sem corda.

Mediante Sua energia inconcebível, o Senhor Supremo pode aparecer e desaparecer como um arco-íris, que aparece e desaparece sem ser afetado pelo trovão tonitruante ou pelo céu nublado. O Senhor é eternamente o maior dos maiores e o menor dos menores. Os seres vivos, Suas partes integrantes, são os menores dos menores, e Ele, a Verdade Absoluta, a Suprema Personalidade de Deus, é o maior dos maiores.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Entrando Numa Fria Nas Lojas Ponto Frio

Tudo começou quando, semana passada, pus os pés dentro de uma loja Ponto Frio - mais especificamente a situada no primeiro pavimento do shopping Iguatemi. O objetivo ao adentrar na filial supracitada era dar uma olhada no setor de eletrônicos, pois planejo trocar de notebook e de telefone celular.

Acabou que saí da loja sem comprar nem uma coisa nem outra, até porque, a bem da verdade, não era nada emergencial adquirir qualquer um daqueles produtos (embora o celular que uso atualmente esteja em vias de decomposição).

Sabendo da precariedade do telefone que comigo está há cerca de 4 anos e do meu desejo de adquirir um novo, mamãe retornou àquela mesma loja comigo na última segunda-feira. O preço, 100 reais mais caro que a concorrência, foi reduzido para o mesmo que era cobrado nos outros locais que pesquisamos (R$599 por um Motorola XT300).

Não havia nenhum modelo disponível no estoque, então apelamos para um que estava no mostruário. Após fechado o negócio (parcelado em dez vezes sem juros no cartão de crédito), levamos o aparelho para casa e fomos começar a usá-lo. A falta da película plástica que deveria acompanhar o produto (aliás, pior do que faltar, havia uma película que não era a daquele modelo!), a dificuldade de remover a bateria, a constatação de que o telefone fora usado anteriormente (uma chamada realizada e uma foto armazenada comprovam isso) foram alguns dos motivos que geraram arrependimento pela aquisição. Então, lá fomos nós na quarta-feira para a mesma loja Ponto Frio para trocá-lo.

Você leu bem: trocá-lo. Não tínhamos qualquer intenção de desfazer a compra. Achamos que, com um modelo devidamente lacrado na caixa, não teríamos qualquer transtorno com todos aqueles ítens mencionados no parágrafo anterior. Chegando na loja, coincidentemente (ou não) fomos atendidos pelo mesmo vendedor com quem havíamos comprado o telefone. Pedimos que fosse trocado por um telefone idêntico, só que na cor preta em vez de branca, e ele constatou que não havia qualquer modelo no estoque, somente no mostruário.

Conseguimos supostamente resolver a situação quando ele entrou em contato com a gerente da filial situada no shopping Tijuca, orientando-nos a ir até lá e realizar a troca. Ponto.

Pegamos um ônibus, fomos pra lá, encontramos a tal gerente do estabelecimento comercial mas, para nossa desagradável surpresa, a troca não poderia ser feita pois faltava "um papelzinho", que deveria ser retirado na filial do Iguatemi. Ora, estávamos lá há alguns minutos e não nos foi falado nada sobre papelzinho nenhum, apenas sobre a nota fiscal. A situação era a seguinte: estávamos com o telefone devidamente guardado na caixa, a nota fiscal em mãos, e no local recomendado para fazermos a troca. Mas ela não seria feita por causa de "um papelzinho". Ambas as filiais sabiam da situação e mesmo assim ficamos refém de "um papelzinho"? Isso faz-me pensar sobre para que serve a informática numa hora dessas. Ou onde alguns seres humanos guardam o bom senso ao lidar com o consumidor.

Retornamos ao Iguatemi já decididos a não mais trocar o aparelho, mas a pedir do dinheiro de volta. Adoraria dizer que a história (leia-se saga) terminaria aí. Mas veja como são as coisas: a mesma empresa que faz questão de documentos originais do cliente recusa-se a ofertar algo dessa natureza ao consumidor. Foi-nos dito que o cancelamento "poderá demorar cerca de sete dias úteis". Mas quem garante isso? Quem assina isso? Ninguém! Assinatura, só a do cliente! Definitivamente, a relação empresa-consumidor não é uma via de mão dupla. São dois pesos e duas medidas, de acordo com o interesse da corporação.

Resultado: não pudemos comprar o mesmo telefone na concorrência porque a transação não foi autorizada pelo cartão de crédito, que ainda computara a compra anterior sem cancelá-la. Sigo com o mesmo celular de antes e com algo novo em mente: pensar duas vezes antes de fazer uma compra na Ponto Frio.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Festival De Cinema Francês 2011

A exemplo de 2010, lá fui eu para o Festival de Cinema Francês. Nesse ano de 2011, 22 cidades brasileiras receberam o evento, e fico na torcida para que o festival continue crescendo ano após ano, pois me ficou muito claro que o cinema francês está em grande nível. A seguir, os 7 filmes que assisti (deixando um sabor de "quero mais").

Xeque-Mate
Foi o primeiro e também o melhor filme que assisti nesse festival. Caroline Bottaro conduz o filme com uma suavidade e precisão digna dos grandes diretores, enquanto as atuações irretocáveis de Sandrine Bonnaire e Kevin Kline aliadas a um roteiro bem amarrado também contribuem para que o resultado final seja excelente. Uma história que comove pela simplicidade. Como disse minha mãe: "simplesmente magnífico; magnificamente simples". Para adeptos ou não do jogo de xadrez, o conselho é o mesmo: assista.

Uma Doce Mentira
O maior mérito do filme dirigido por Pierri Salvadori é o de conseguir ser engraçado na maioria de suas empreitadas de fazer humor (o que definitivamente não é nada fácil). A história, porém, segue aos trancos e barrancos, deixando a impressão de que algumas seqüências poderiam simplesmente ser descartadas do filme, não esclarecendo nem acrescentando nada. Se Audrey Tatou atua de forma correta (o que não é nenhuma surpresa), quem acaba roubando a cena - e ela faz isso sem aparecer nem falar muito - é Judith Chemla, hilária como Paulette. Ri muito!

Os Nomes Do Amor
Se levarmos em consideração a temática abordada pelo filme, o fato de se conseguir extrair humor numa história que encara a guerra franco-argelina e o holocausto é digno de aplausos ao diretor Michel Leclerc, feliz na sua ousadia. O destaque fica para a belíssima atriz Sara Fostier, daquelas capazes de transformar um direitista ortodoxo em esquerdista revolucionário sem precisar fazer muito esforço. Fazendo então, aí vira covardia.

Lobo
Um show de imagens. É mais ou menos como pegar o que há de melhor documentado (sem nada dever a NatGeo ou Discovery Channel), transformar em cinema e passar uma mensagem ao público. O trabalho do diretor Nicolas Vanier é tão deslumbrante que o mais sensato a se fazer é tomar nota desse nome e correr atrás do que quer que esse sujeito possa se envolver daqui para frente. Afinal, o que duvidar de alguém que supera um desafio de 50 graus abaixo de zero?

Copacabana
Babou (Isabelle Ruppert) poderia dar nome ao filme. Com uma atuação que encanta pela sutileza, a "despreocupada jovem-senhora" costura fio-a-fio o que no final das contas é o grande tecido denominado "Copacabana". O bairro da zona sul carioca nem precisou aparecer para ficar muito bem representado na alma da protagonista.

Senhorita
Além do Festival de Cinema Francês, o Rio de Janeiro teve o privilégio de sediar também a "Retrospectiva Bonnaire". E a atriz Sandrine Bonnaire (a mesma de "Xeque-Mate") tem novamente grande atuação, encarnando uma senhorita (ou "mademoiselle", se preferir) que por si só já torna o filme agradável, algo reforçado pela leveza do roteiro. Hoje Sandrine está no topo da lista de atrizes/diretoras que tenho vontade de assistir.

Simon Werner Desapareceu
É puro suspense, do primeiro ao último suspiro (talvez esse seja o maior mérito do diretor Fabrice Gobert). A história é contada com idas e vindas, reconstruindo as cenas sob a visão de diferentes personagens, o que torna o filme especial. E talvez essa sensibilidade de ir e voltar no tempo sem tornar a obra entediante - pelo contrário - seja o ponto que diferencie este filme de tantos outros já realizados, escapando daquela manjada ótica "hollywoodiana".

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Luz Do Bhagavata - Verso 14

O relâmpago é instável em sua amizade, deixando de permanecer fiel a qualquer uma das nuvens, embora elas sejam as amigas do mundo inteiro, assim como as mulheres luxuriosas não permanecem estáveis mesmo na companhia de homens que possuem excelentes qualidades.

Durante a estação chuvosa, o relâmpago aparece em um grupo de nuvens e logo passa a outro grupo de nuvens. Esse fenômeno é comparado a uma mulher luxuriosa que não fixa sua mente em apenas um homem. Compara-se a nuvem a uma pessoa qualificada porque ela derrama chuva e dá sustento a muitas pessoas. De igual modo, o homem qualificado dá sustento a muitas criaturas vivas, tais como os membros familiares e diversos trabalhadores no comércio. Infelizmente, toda a sua vida pode ser perturbada por uma esposa que dele se divorcia. Quando o marido se perturba, a família inteira se arruína, as crianças se dispersam, seus negócios vão à falência e tudo é afetado. Recomenda-se, portanto, que a mulher interessada em avançar pacificamente na consciência de Krsna viva com o esposo e que o casal não se separe em nenhuma circunstância. Esposo e esposa devem controlar o desejo sexual e concentrar suas mentes na consciência de Krsna para que a vida deles possa ser bem sucedida. Afinal, neste mundo o homem precisa da mulher e a mulher precisa do homem. Ao se unirem, eles devem viver pacificamente a consciência de Krsna e não devem ser inconstantes como o relâmpago, passando de um grupo de nuvens para outro.

domingo, 24 de abril de 2011

Sathya Sai Baba: O "Até Logo" Do Avatar

Impossível mensurar racionalmente o quanto, mas posso dizer com segurança que devo muito da parte boa da minha personalidade aos ensinamentos desse ser denominado Baghavan Sri Sathya Sai Baba.

Não lembro exatamente quando começou, mas creio ter sido entre os anos de 2006 e 2007. Recém chegado ao vegetarianismo (que, para mim, é uma filosofia de vida), tive a bendita oportunidade de conhecer os preceitos de Sri Sathya Sai Baba e não demorou nada para me identificar com os seus dizeres.

Mais do que as belas palavras proferidas em seus divinos discursos, o que mais me atraía na personalidade de Sathya Sai Baba era o fato de ele praticar toda aquela teoria que ele defendia. Com uma vida apoiada nos princípios Verdade, Retidão, Paz, Amor e Não-Violência, afirmo com todas as letras que Sai Baba foi um dos maiores ícones encarnados nesse planeta nessa virada de século XX para XXI.

Nascido em 23 de novembro de 1926, eis que aos 84 anos de idade esse renomado líder espiritual indiano (para muitos, inclusive pra mim, um avatar cósmico) abandonou o corpo e fez a passagem para a morada eterna. Quando? Em plena Páscoa, nesse 24 de abril de 2011.

Torço fortemente para que seus ensinamentos mantenham-se firmes e tornem-se cada vez mais vigorosos. A humanidade só tem a evoluir mantendo em mente seres como Baba, a quem presto minhas mais humildes, respeitosas e amorosas reverências.

Após as experiências como Shirdi Sai Baba e Sathya Sai Baba, futuramente esta alma luminosa encarnará como Prema Sai Baba. Espero que os habitantes deste planeta estejam mais amadurecidos espiritualmente e possam recebê-lo de uma forma mais adequada.

Para quem acha que ainda não conhece Baghavan Sri Sathya Sai Baba o bastante mas sente no coração um desejo de se familiarizar com a sua obra, recomendo que visitem a "Organização Sri Sathya Sai no Brasil". Na minha conduta, fez toda diferença.

Om Sai Ram.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Luz Do Bhagavata - Verso 13

Na estação chuvosa algumas estradas não são usadas com muita freqüência e ficam cobertas de relva; logo, torna-se muito difícil ver a estrada. Da mesma maneira, nesta era as escrituras transcendentais não são estudadas apropriadamente pelos brahmanas. Cobertas pelos efeitos do tempo, as escrituras ficam praticamente perdidas, e torna-se muito difícil compreendê-las ou seguí-las.

Uma estrada coberta é tal qual um brahmana que não está habituado a estudar e dedicar-se às práticas reformatórias dos preceitos védicos - ele fica coberto pelas relvas da ilusão. Nessa condição, afastado de sua natureza constitucional, esquece sua posição de servo eterno da Suprema Personalidade de Deus. Ao ser desviada pelo excessivo crescimento sazonal das relvas criadas por maya, a pessoa se identifica com as manifestações ilusórias da natureza e sucumbe à ilusão, esquecendo-se de sua vida espiritual.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Coincidência? Sincronia? A Conexão Limp Bizkit-Andrey Arshavin


Eventos que acontecem com alguma semelhança mas sem que ocorra uma relação de causa e conseqüência entres eles. A esse fenômeno damos o nome de "coincidência".

Carl Gustav Jung desenvolveu o conceito de "sincronicidade" para definir acontecimentos que se relacionam não por uma questão causal, mas sim de significado.

Há dois trechos na enciclopédia virtual Wikipédia que acho interessantes e aqui os reproduzo.
A sincronicidade difere da coincidência, pois não implica somente na aleatoriedade das circunstâncias, mas sim num padrão subjacente ou dinâmico que é expresso através de eventos ou relações significativas.

Acredita-se que a sincronicidade é reveladora e necessita de uma compreensão, e essa compreensão poderia surgir espontaneamente, sem nenhum raciocínio lógico. A esse tipo de compreensão instantânea Jung dava o nome de "insight".
Mas por que estou colocando isso por aqui? Na verdade, nem eu sei a razão. Mas sei o que me motivou: agora pouco comecei a ouvir Limp Bizkit (estou ouvindo até o presente momento dessa postagem). Conheço a banda há vários anos, mas não é um hábito meu escutá-la com freqüência, embora até goste de algumas músicas. Outro hábito que não tenho é o de rever lances futebolísticos do passado. Mas, agora pouco (pouco depois de começar a ouvir Limp Bizkit e dar pausa no reprodutor de áudio para assistir o vídeo) resolvi rever os gols de Liverpool e Arsenal numa partida que terminou empatada por 4a4, na temporada 2008-9.

Nesse mês de abril completam-se dois anos do jogaço em Anfield Road, que teve como destaque a participação do russo Andrey Arshavin, autor dos quatro gols do Arsenal.

Então, chegou a hora de mostrar a "coincidência": pausei o Limp Bizkit para assistir o vídeo. Inicio a reprodução do vídeo e ouço... Limp Bizkit! Pausei o vídeo e fui ver se o reprodutor de áudio estava em execução. Não estava. Era o vídeo mesmo! Ou seja, o camarada que editou o vídeo com os gols da partida escolheu, assim "por acaso", a música "My Way" como trilha sonora.

Eu disse "My Way"? Foi essa música a primeira que ouvi da banda.

Em tempo, eis o vídeo em questão.


Sábado tem Arsenal e Liverpool, em Londres. Ao que tudo indica, Andrey Arshavin estará em campo. Será que a boa é eu acompanhar o jogo ouvindo Limp Bizkit? De repente "dá sorte"...

sexta-feira, 25 de março de 2011

A Hora E A Vez Do Planeta

De acordo com a teoria mais respeitada no âmbito geomorfológico, o planeta no qual vivemos existe há pelo menos 4 bilhões de anos. Mas não quero me alongar nessas questões de ordens geográficas, apesar da minha particular empolgação com a temática. O objetivo do presente texto é abordar um evento promovido pela WWF, que denomina-se "Hora do Planeta".

Em 2010, um total de 105 nações, 4.211 cidades e 56 capitais nacionais aderiram à campanha. Muitos poderão dizer que desligar os interruptores por 60 minutos está longe de resolver a atual problemática ambiental. E aqueles que disserem isso estarão cobertos de razão. Porém, é exatamente do conjunto de atitudes como essa que a esperança num futuro ecologicamente correto se renova.

O termo "pegada ecológica" (que refere-se às demandas materiais e energéticas de um indivíduo ou uma população) aparece para tentar quantificar o quanto um estilo de vida exacerbadamente capitalista é degradante para a natureza e também para a sociedade. A integração harmoniosa da vida social, econômica e cultural é levada à prática através das "ecovilas". Mas, se você que está lendo essas presentes linhas (ainda) não se imagina numa ecovila, tem outras opções de buscar a sustentabilidade: quando for às compras, informe-se da cadeia produtiva que levou aquele bem material para a prateleira do mercado. Isso chama-se consumo consciente.

Então, um passo de cada vez e mãos à obra! Nesse sábado, 26.03.2011, das 20:30h às 21:30h, dê a sua contribuição para a "Hora do Planeta"!

E (re)pense as suas atitudes. A causa que clama por mudanças de comportamento é nobre e necessária demais para ser desprezada em favor de confortos e comodidades.

Saudações ambientalistas.

quarta-feira, 9 de março de 2011

Antes Da Apuração, A Minha Opinião

Está chegando o momento de apurarem as notas dos jurados nos desfiles do Grupo Especial do carnaval no Rio de Janeiro. Assisti os desfiles da primeira noite no setor 13 da Sapucaí e os da segunda noite na transmissão (horrorosa) da Globo. Então, cá estou para fazer um breve julgamento e selecionar as melhores escolas na minha percepção.

Vamos ao "top 3" em cada categoria.

Escola: Unidos da Tijuca | União da Ilha | Beija-Flor
Comissão de frente: Unidos da Tijuca | Imperatriz | Beija-Flor
Mestre-sala e porta-bandeira: Porto da Pedra | Unidos da Tijuca | Salgueiro
Bateria: Mangueira | Imperatriz | Salgueiro
Samba-Enredo: Mangueira | União da Ilha | Mocidade
Intérprete: Ito Melodia | Neguinho da Beija-Flor | Luizinho Andanças
Ala das Baianas: União da Ilha | Salgueiro | Mocidade
Fantasias: União da Ilha | Unidos da Tijuca | Vila Isabel
Alegorias e adereços: Unidos da Tijuca | União da Ilha | Salgueiro

Classificação (sem dar notas, mas basicamente pelo gosto de assistir o desfile)

Unidos da Tijuca
União da Ilha
Beija-Flor
Imperatriz
Vila Isabel
Salgueiro
Mangueira
Mocidade
Porto da Pedra
Grande Rio
São Clemente
Portela

Pitaco: Unidos da Tijuca e Beija-Flor disputarão o título (se a Ilha concorresse, também estaria na disputa); Vila Isabel se junta às duas e também desfila no sábado das campeãs (as outras 3 devem ficar entre Imperatriz, Mangueira, Mocidade e Salgueiro).

Que os jurados tenham juízo!

quarta-feira, 2 de março de 2011

Análise Dos Sambas-Enredo Do Carnaval 2011 - Grupo Especial, Rio De Janeiro

Aproximam-se os tão aguardados (pelo menos por mim) dias dos defiles das escolas de samba do grupo Especial no carnaval do Rio de Janeiro. Estou sem internet em casa, mas consegui fazer essa postagem, e espero que gostem. Pude acompanhar alguns dos ensaios técnicos e adoraria anexar vídeos, mas o fato de estar sem internet em casa acabou pesando e não pude fazê-lo. De toda forma, aí vai o tópico.

Abraços e ótimo carnaval para todos.

Escola: Unidos da Tijuca
Enredo: “Esta noite levarei sua alma”
Trecho: Sou do Borel da gente guerreira / A pura cadência levanta poeira
Análise: Um samba bacana de se cantar, com algumas rimas interessantes. Mas fica a impressão de que falta algo, talvez um pouco de "suingue". De toda forma, tem tudo para funcionar na avenida e, com a garra de Bruno Ribas e a competência de Mestre Casagrande, ajudar a escola do Borel na disputa pelo bicampeonato. Afinal, jamais devemos duvidar de qualquer coisa que esteja sob os cuidados do genial Paulo Barros.

Escola: Grande Rio
Enredo: “Y-JURERÊ MIRIM – A Encantadora Ilha das Bruxas (Um conto de Cascaes)”
Trecho: Eu também sou carijó / É bendito o meu lugar / Rezei forte... Nesse chão / Sai pra lá assombração / Já peguei meu patuá
Análise: Um dos melhores sambas do ano. Não é de hoje que considero Wantuir o maior intérprete do carnaval carioca, e a cada ano que passa parece que ele consegue evoluir ainda mais. Somando-se a isso a bonita letra do samba e a sensacional bateria de Mestre Ciça, fica a certeza de que a Grande Rio fará um espetáculo memorável na Sapucaí. No ensaio técnico em 20 de fevereiro, fiquei emocionado com a garra dos componentes dessa escola, que parece sair fortalecida do incêndio que detonou 100% de suas alegorias. E preparem-se para paradinhas dos ritmistas simplesmente arrepiantes, no melhor estilo Ciça.

Escola: Beija-Flor
Enredo: “A Simplicidade de um Rei”
Trecho: De todas as Marias vem as bênçãos lá do céu / Do samba faço oração, poema, emoção!
Análise: Quem me conhece sabe que não sou fã de Roberto Carlos - pelo contrário -, mas acho bacana a homenagem prestada pela escola nilopolitana. O samba tem passagens interessantes, de apelo poético, mas não me empolga (talvez por questões pessoais). Mas como Neguinho tem o dom de fazer o samba ficar melhor na avenida do que no estúdio, é possível que o produto final fique em bom nível.

Escola: Vila Isabel
Enredo: “Mitos e Histórias Entrelaçadas Pelos Fios de Cabelo”
Trecho: É minha vida, é a Vila! / O brilho, a raiz, a sedução / O Universo em sua formação / Nas longas madeixas de Shiva
Análise: Considero esse o mais original enredo do ano. O samba tem passagens inteligentíssimas, com trocadilhos bastante interessantes. No ensaio técnico na Sapucaí em 20 de fevereiro e também nos realizados na avenida 28 de Setembro ficaram evidentes a garra da comunidade de uma escola que vai novamente para o sambódromo sem alas comerciais. Reservo grandes expectativas para o carnaval da Vila, que deverá marcar o retorno de Rosa Magalhães ao desfile das campeãs.

Escola: Salgueiro
Enredo: “Salgueiro apresenta: O Rio no cinema”
Trecho: Na busca o bonde da Lapa Madame Satã / Pequena Notável requebra até de manhã
Análise: Gostei do samba do Salgueiro. A letra pode ser considerada "difícil", até porque parece muito "denso" o conteúdo. Mas Quinho conseguiu carnavalizar a coisa e arrancar algumas passagens melódicas pra lá de saborosas, como o trecho aqui posto em destaque. A passagem "E o tesouro de Atlântida foi abraçado pelo mar" achei belíssima. Promessa de mais um grande desfile para a coleção de Renato Lage.

Escola: Mangueira
Enredo: “O filho fiel, sempre Mangueira”
Trecho: Chorei... Ao voltar para minha raiz / Ao teu lado eu sou mais feliz / Pra sempre vou te amar!
Análise: Após o vacilo antológico e irreparável de não homenagear Cartola no ano de seu centenário, a Mangueira vem com o centenário de outro bamba, Nelson Cavaquinho, pra amenizar a desfeita com um dos maiores mangueirenses de todos os tempos. O samba é bonito, poético, melodioso. É claro que bate uma saudade das interpretações de Jamelão, mas a coisa ficou agradável na voz de Luizito. No ensaio de 13 de fevereiro, era difícil não cantar junto. E como disse Beth Carvalho na gravação do CD, "você voltou, parabéns, meu velho". Fortes emoções à vista.

Escola: Mocidade
Enredo: “Parábola dos Divinos Semeadores”
Trecho: Chegou a Mocidade fazendo a alegria do povo / Meu coração vai disparar de novo
Análise: Se ano passado o coração disparou e saiu pela boca, dessa vez ele vai disparar de novo. A verde-e-branco de Padre Miguel volta a apostar num samba de refrão forte e fácil de cantar para cair nas graças do público e, quem sabe, voltar a saborear um lugar no desfile das campeãs. A empolgação do público no ensaio de 13 de fevereiro foi notória e dá sinais de que a Sapucaí vai arrastar a multidão quando a Mocidade passar.

Escola: Imperatriz
Enredo: “A Imperatriz adverte: Sambar faz bem à saúde”
Trecho: É a minha escola a me chamar, doutor! / Posso ouvir no som da bateria, / O remédio pra curar a minha dor!
Análise: O enredo pode parecer - e talvez seja mesmo - um tanto genérico. Mas o fato é que a letra que fala dos benefícios do samba para o ser-humano é funcional e, na interpretação do inconfundível Dominguinhos, ganha ares de algo pra lá de especial. Há algumas passagens que pedem uma performance ousada da bateria (algumas flagradas na gravação do CD), e estou curioso pra ver como vai ser na avenida.

Escola: Portela
Enredo: "Rio, azul da cor do mar”
Trecho: Um oceano de amor que virou arte / E deságua na imaginação
Análise: Ô sambinha manjado! Tem toda a pinta de algo que já passou pela Sapucaí, mesmo sem ser uma "reedição" (até porque considero pouco provável que isso seja reeditável). São muitas daquelas frases feitas, como as rimas especiarias-mercadorias, navegar-mar e por aí vai, com direito aos navios negreiros e seus lamentos pelo ar nas águas de Yemanjá. Vamos ver que bicho dá. Aliás, já sei: vai dar águia no abre-alas.

Escola: Porto da Pedra
Enredo: "O sonho sempre vem pra quem sonhar"
Trecho: Quem não sonhou jamais amou / Não sabe o que é se libertar / Não viu o trem, nem o colar… / O sonho sempre vem pra quem sonhar!
Análise: A homenagem à Maria Clara Machado faz-me lembrar quando outra vermelho-e-branco daquelas bandas de Niterói e São Gonçalo, hoje no Grupo de Acesso, homenageou Bibi Ferreira com um belo carnaval assinado por Mauro Quintaes. O samba tem passagens bacanas e alguns trechos tocantes. Mas no geral me parece que o negócio ficou "remendado". Ficar repetindo "vai, vai, vai, vai" chega a parecer uma alusão à famosa escola do carnaval paulista.

Escola: União da Ilha
Enredo: “O Mistério da Vida”
Trecho: O meu amanhã só Deus saberá / A vida vamos celebrar
Análise: Embora não tenha visto muitos comentários a respeito dessa belíssima letra interpretada por Ito Melodia, considero esse um dos melhores sambas do ano. Foi até difícil selecionar um trecho específico pra figurar nesse espaço e, se formos ver, trata-se de um samba rápido, de versos relativamente curtos. Com tudo isso somado ao talento artístico de Alex de Souza, a União da Ilha deverá abrir com chave-de-ouro os desfiles de segunda-feira. Seria legal se fosse analisada pelos jurados, mas o fatídico incêndio que prejudicou a escola insulana (além de Portela e Grande Rio) não permitiu.

Escola: São Clemente
Enredo: “O seu, o meu, o nosso Rio, abençoado por Deus e bonito por natureza”
Trecho: Que a natureza esculpiu / Divina emoção / O Rio nasceu do sol da canção
Análise: Tem aquele astral de samba despretensioso, parecendo até tratar-se de obra do Grupo de Acesso. Mas se você está lendo isso como uma crítica, eu vejo como um ponto positivo: se levarmos em consideração que a decisão da LIESA é a de que nenhuma escola cairá esse ano e que a São Clemente vem com esse samba leve e sem ameaças de seguir a sua gangorra Especial-Acesso, é bem possível que a escola de Botafogo consiga um desfile legal, seguindo aquele astral irreverente típico da agremiação. Além do mais, com final de Copa no Maracanã e sede olímpica na cidade, o Rio está (ainda mais) na moda.

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Em Tempos De Bígui Broder, Dá-lhe Veríssimo!

Caros eventuais leitores, fico particularmente contente ao observar que, apesar de toda a audiência conquistada pelas Oraganizações Globo em tempos de Bígui Broder, ainda há cérebros pensantes e funcionando lucidamente nesse país. Abaixo, abram e fechem aspas para o artigo de Luiz Fernando Veríssimo, o qual assino embaixo, ao lado, em cima ou onde quer que seja possível.

BBB 11

Que me perdoem os ávidos telespectadores do Big Brother Brasil (BBB), produzido e organizado pela nossa distinta Rede Globo, mas conseguimos chegar ao fundo do poço… A décima primeira (está indo longe!) edição do BBB é uma síntese do que há de pior na TV brasileira. Chega a ser difícil encontrar as palavras adequadas para qualificar tamanho atentado à nossa modesta inteligência.

Dizem que em Roma, um dos maiores impérios que o mundo conheceu, teve seu fim marcado pela depravação dos valores morais do seu povo, principalmente pela banalização do sexo. O BBB é a pura e suprema banalização do sexo. Impossível assistir, ver este programa ao lado dos filhos. Gays, lésbicas, heteros… todos, na mesma casa, a casa dos “heróis”, como são chamados por Pedro Bial. Não tenho nada contra gays, acho que cada um faz da vida o que quer, mas sou contra safadeza ao vivo na TV, seja entre homossexuais ou heterosexuais. O BBB é a realidade em busca do IBOPE…

Veja como Pedro Bial tratou os participantes do BBB. Ele prometeu um “zoológico humano divertido”. Não sei se será divertido, mas parece bem variado na sua mistura de clichês e figuras típicas.

Pergunto-me, por exemplo, como um jornalista, documentarista e escritor como Pedro Bial que, faça-se justiça, cobriu a Queda do Muro de Berlim, se submete a ser apresentador de um programa desse nível. Em um e-mail que recebi há pouco tempo, Bial escreve maravilhosamente bem sobre a perda do humorista Bussunda referindo-se à pena de se morrer tão cedo.

Eu gostaria de perguntar, se ele não pensa que esse programa é a morte da cultura, de valores e princípios, da moral, da ética e da dignidade.

Outro dia, durante o intervalo de uma programação da Globo, um outro repórter acéfalo do BBB disse que, para ganhar o prêmio de um milhão e meio de reais, um Big Brother tem um caminho árduo pela frente, chamando-os de heróis. Caminho árduo? Heróis?

São esses nossos exemplos de heróis?

Caminho árduo para mim é aquele percorrido por milhões de brasileiros: profissionais da saúde, professores da rede pública (aliás, todos os professores), carteiros, lixeiros e tantos outros trabalhadores incansáveis que, diariamente, passam horas exercendo suas funções com dedicação, competência e amor, quase sempre mal remunerados..

Heróis, são milhares de brasileiros que sequer têm um prato de comida por dia e um colchão decente para dormir e conseguem sobreviver a isso, todo santo dia.

Heróis, são crianças e adultos que lutam contra doenças complicadíssimas porque não tiveram chance de ter uma vida mais saudável e digna.

Heróis, são aqueles que, apesar de ganharem um salário mínimo, pagam suas contas, restando apenas dezesseis reais para alimentação, como mostrado em outra reportagem apresentada, meses atrás pela própria Rede Globo.

O Big Brother Brasil não é um programa cultural, nem educativo, não acrescenta informações e conhecimentos intelectuais aos telespectadores, nem aos participantes, e não há qualquer outro estímulo como, por exemplo, o incentivo ao esporte, à música, à criatividade ou ao ensino de conceitos como valor, ética, trabalho e moral.

E ai vem algum psicólogo de vanguarda e me diz que o BBB ajuda a “entender o comportamento humano”. Ah, tenha dó!!!

Veja o que está por de tra$$$$$$$$$$$$$$$$ do BBB: José Neumani da Rádio Jovem Pan, fez um cálculo de que se vinte e nove milhões de pessoas ligarem a cada paredão, com o custo da ligação a trinta centavos, a Rede Globo e a Telefônica arrecadam oito milhões e setecentos mil reais. Eu vou repetir: oito milhões e setecentos mil reais a cada paredão.

Já imaginaram quanto poderia ser feito com essa quantia se fosse dedicada a programas de inclusão social: moradia, alimentação, ensino e saúde de muitos brasileiros?

(Poderiam ser feitas mais de 520 casas populares; ou comprar mais de 5.000 computadores!)

Essas palavras não são de revolta ou protesto, mas de vergonha e indignação, por ver tamanha aberração ter milhões de telespectadores.

Em vez de assistir ao BBB, que tal ler um livro, um poema de Mário Quintana ou de Neruda ou qualquer outra coisa…, ler a Bíblia, orar, meditar, passear com os filhos, ir ao cinema…, estudar… , ouvir boa música…, cuidar das flores e jardins… , telefonar para um amigo… , visitar os avós… , pescar…, brincar com as crianças… , namorar… ou simplesmente dormir.

Assistir ao BBB é ajudar a Globo a ganhar rios de dinheiro e destruir o que ainda resta dos valores sobre os quais foi construída nossa sociedade.

Um abismo chama outro abismo.
"Espiadinha"? Nisso não, obrigado.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Luz Do Bhagavata - Verso 12

As montanhas, embora açoitadas por torrentes de chuva durante a estação chuvosa, não se abalam. Assim aqueles cujos corações são dedicados à transcendental Personalidade de Deus nunca se perturbam, mesmo quando importunados por grandes infortúnios.

Porque a pessoa dotada de avanço espiritual aceita qualquer condição adversa como misericórdia do Senhor, ela tem toda a qualificação para entrar no reino espiritual.
Muito embora alguém adote o serviço devocional ao Senhor Supremo, poderá às vezes ficar doente, pobre ou desapontado devido às fatalidades da vida. O verdadeiro devoto do Senhor sempre considera que esses sofrimentos são decorrentes de suas atividades pecaminosas passadas. Logo, sem se perturbar, ele aguarda pacientemente a misericórdia do Senhor Supremo. Comparam-se tais devotos a enormes montanhas que não se movem de maneira alguma, mesmo quando açoitadas por tempestuosos aguaceiros da estação chuvosa. Assim, eles permanecem humildes em virtude da iluminação espiritual. Livres do orgulho e da inveja, eles facilmente conquistam a misericórdia do Senhor e voltam ao lar, voltam ao Supremo.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Não À Megausina Na Amazônia!

Segue aqui uma petição anti-Belo Monte. Clicando no línqui a seguir, você poderá ver os motivos que fundamentam uma posição contrária à realização do empreendimento, que agride as comunidades locais, o meio ambiente e todo o conceito de sustentabilidade.

PARE BELO MONTE: NÃO À MEGA USINA NA AMAZÔNIA

Posicione-se!

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Luz Do Bhagavata - Verso 11

Na estação chuvosa, quando os rios se avolumam e correm para o oceano, e à medida que o vento sopra as ondas, o oceano parece ficar agitado. Da mesma forma, se a pessoa ocupada no processo de yoga mística não for muito avançada na vida espiritual, ela poderá ser afetada pelos modos da natureza e assim ficará agitada pelo impulso sexual.

Quem é fixo em conhecimento espiritual não se deixa atrair pelo fascínio da natureza material sob a forma de belas mulheres e de prazer sexual desfrutado na associação delas. Alguém que, todavia, ainda é imaturo no cultivo do conhecimento espiritual talvez seja atraído, a qualquer momento, pela ilusão da felicidade temporária, tal como o oceano que, durante a estação chuvosa, é agitado pelos rios caudalosos e pelas rajadas de vento. Portanto, para que não seja arrastada pela agitação sexual, é muito importante que a pessoa se fixe aos pés de lótus de um mestre espiritual autêntico que seja um representante de Deus.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

A Praia E O Brinde

Já passa de meia-noite, então devo dizer que a praia de ontem (10.01.2011) no Recreio (zona Oeste do município do Rio de Janeiro) foi uma das melhores de todos os tempos. Era um dia quente, mas não estava aquele calor detonante. Ventava, mas não eram rajadas que chegavam a incomodar. A temperatura da água parecia regulada pelos céus.

Fotos, mahamantra, mergulhos, caixote, frescobol... tudo isso e algo mais fez parte dessa bela segunda-feira na orla carioca. Mas houve um lance que foi de certa forma desagradável (e não estou falando do caixote que tomei, algo com o qual até me diverti). Minha irmã arremessou o "frisbee" na minha direção. Não agarrei e fui até a superfície arenosa buscar o objeto com o intuito de arremessar de volta para ela. Eis que mandei o brinquedo pro oceano e não o localizei mais. Passado o estresse momentâneo por eu ter "dado um fim" à brincadeira, curtimos mais um pouco da praia e fomos jantar no shopping. Pintou a idéia de comprarmos um "frisbee" novinho por lá mesmo e já havia inclusive o nome do estabelecimento comercial em mente.

Agora veja você: qual a probabilidade de um estabelecimento comercial estar dando um brinde naquele dia? Outra pergunta: qual a probabilidade de um estabelecimento comercial estar dando um "frisbee" de brinde naquele dia?

Foi o que aconteceu: inteiramente de graça, ganhamos não um, mas dois "frisbees". Foi pra coroar um dia daqueles que a gente pede a Deus. Quanto àquele que lançei ao mar, deve estar submerso até agora.

Amém.
Foto que encontrei aleatoriamente para ilustrar o brinquedo denominado "frisbee". Também chamam esse objeto de "disco voador". O último que passou pela minha mão acabou voando pro fundo do mar...

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Luz Do Bhagavata - Verso 10

Assim como o ser vivo alcança uma forma transcendentalmente atrativa ao prestar serviço ao Senhor Hari, todos os habitantes da terra e da água assumem belas formas ao tirar vantagem da água recém-caída.

Temos experiência prática disso com os nossos estudantes da Sociedade Internacional da Consciência de Krishna. Antes de se tornarem nossos estudantes, eles pareciam sujos, embora tivessem aspectos pessoais naturalmente belos. Todavia, porque não tinham nenhuma informação sobre a consciência de Krsna, eles pareciam muito sujos e deploráveis. Desde que abraçaram a consciência de Krsna, sua saúde melhorou, e por seguirem as regras e regulações, seu brilho corpóreo aumentou. Quando estão vestidos com roupas açafroadas, com tilaka em suas testas e contas em suas mãos e pescoços, parece que eles vieram diretamente de Vaikuntha.

Os residentes da água são os peixes, as rãs e assim por diante; e os residentes da terra são as vacas, veados e assim por diante. Por beber constantemente a água fresca da chuva que cai na estação de outono, e banhar-se nessa água, os animais fatigados e ressequidos ficam refrescados; e, à medida que sua saúde se fortalece com a chegada da água da chuva, seus aspectos ficam brilhantes. Os lagos, açudes, e rios ficam limpos e revigorados pela queda de nova água de chuva e dessa forma tornam-se belíssimos. De igual modo, o devoto do Senhor Supremo, que tira vantagem da bela e revigorante chuva de descrições transcendentais acerca de Deus encontradas na literatura védica, tem sua consciência espiritual revigorada e refrescada. Dessa maneira, seu corpo espiritualizado torna-se muito belo.