quinta-feira, 23 de junho de 2011

Entrando Numa Fria Nas Lojas Ponto Frio

Tudo começou quando, semana passada, pus os pés dentro de uma loja Ponto Frio - mais especificamente a situada no primeiro pavimento do shopping Iguatemi. O objetivo ao adentrar na filial supracitada era dar uma olhada no setor de eletrônicos, pois planejo trocar de notebook e de telefone celular.

Acabou que saí da loja sem comprar nem uma coisa nem outra, até porque, a bem da verdade, não era nada emergencial adquirir qualquer um daqueles produtos (embora o celular que uso atualmente esteja em vias de decomposição).

Sabendo da precariedade do telefone que comigo está há cerca de 4 anos e do meu desejo de adquirir um novo, mamãe retornou àquela mesma loja comigo na última segunda-feira. O preço, 100 reais mais caro que a concorrência, foi reduzido para o mesmo que era cobrado nos outros locais que pesquisamos (R$599 por um Motorola XT300).

Não havia nenhum modelo disponível no estoque, então apelamos para um que estava no mostruário. Após fechado o negócio (parcelado em dez vezes sem juros no cartão de crédito), levamos o aparelho para casa e fomos começar a usá-lo. A falta da película plástica que deveria acompanhar o produto (aliás, pior do que faltar, havia uma película que não era a daquele modelo!), a dificuldade de remover a bateria, a constatação de que o telefone fora usado anteriormente (uma chamada realizada e uma foto armazenada comprovam isso) foram alguns dos motivos que geraram arrependimento pela aquisição. Então, lá fomos nós na quarta-feira para a mesma loja Ponto Frio para trocá-lo.

Você leu bem: trocá-lo. Não tínhamos qualquer intenção de desfazer a compra. Achamos que, com um modelo devidamente lacrado na caixa, não teríamos qualquer transtorno com todos aqueles ítens mencionados no parágrafo anterior. Chegando na loja, coincidentemente (ou não) fomos atendidos pelo mesmo vendedor com quem havíamos comprado o telefone. Pedimos que fosse trocado por um telefone idêntico, só que na cor preta em vez de branca, e ele constatou que não havia qualquer modelo no estoque, somente no mostruário.

Conseguimos supostamente resolver a situação quando ele entrou em contato com a gerente da filial situada no shopping Tijuca, orientando-nos a ir até lá e realizar a troca. Ponto.

Pegamos um ônibus, fomos pra lá, encontramos a tal gerente do estabelecimento comercial mas, para nossa desagradável surpresa, a troca não poderia ser feita pois faltava "um papelzinho", que deveria ser retirado na filial do Iguatemi. Ora, estávamos lá há alguns minutos e não nos foi falado nada sobre papelzinho nenhum, apenas sobre a nota fiscal. A situação era a seguinte: estávamos com o telefone devidamente guardado na caixa, a nota fiscal em mãos, e no local recomendado para fazermos a troca. Mas ela não seria feita por causa de "um papelzinho". Ambas as filiais sabiam da situação e mesmo assim ficamos refém de "um papelzinho"? Isso faz-me pensar sobre para que serve a informática numa hora dessas. Ou onde alguns seres humanos guardam o bom senso ao lidar com o consumidor.

Retornamos ao Iguatemi já decididos a não mais trocar o aparelho, mas a pedir do dinheiro de volta. Adoraria dizer que a história (leia-se saga) terminaria aí. Mas veja como são as coisas: a mesma empresa que faz questão de documentos originais do cliente recusa-se a ofertar algo dessa natureza ao consumidor. Foi-nos dito que o cancelamento "poderá demorar cerca de sete dias úteis". Mas quem garante isso? Quem assina isso? Ninguém! Assinatura, só a do cliente! Definitivamente, a relação empresa-consumidor não é uma via de mão dupla. São dois pesos e duas medidas, de acordo com o interesse da corporação.

Resultado: não pudemos comprar o mesmo telefone na concorrência porque a transação não foi autorizada pelo cartão de crédito, que ainda computara a compra anterior sem cancelá-la. Sigo com o mesmo celular de antes e com algo novo em mente: pensar duas vezes antes de fazer uma compra na Ponto Frio.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Festival De Cinema Francês 2011

A exemplo de 2010, lá fui eu para o Festival de Cinema Francês. Nesse ano de 2011, 22 cidades brasileiras receberam o evento, e fico na torcida para que o festival continue crescendo ano após ano, pois me ficou muito claro que o cinema francês está em grande nível. A seguir, os 7 filmes que assisti (deixando um sabor de "quero mais").

Xeque-Mate
Foi o primeiro e também o melhor filme que assisti nesse festival. Caroline Bottaro conduz o filme com uma suavidade e precisão digna dos grandes diretores, enquanto as atuações irretocáveis de Sandrine Bonnaire e Kevin Kline aliadas a um roteiro bem amarrado também contribuem para que o resultado final seja excelente. Uma história que comove pela simplicidade. Como disse minha mãe: "simplesmente magnífico; magnificamente simples". Para adeptos ou não do jogo de xadrez, o conselho é o mesmo: assista.

Uma Doce Mentira
O maior mérito do filme dirigido por Pierri Salvadori é o de conseguir ser engraçado na maioria de suas empreitadas de fazer humor (o que definitivamente não é nada fácil). A história, porém, segue aos trancos e barrancos, deixando a impressão de que algumas seqüências poderiam simplesmente ser descartadas do filme, não esclarecendo nem acrescentando nada. Se Audrey Tatou atua de forma correta (o que não é nenhuma surpresa), quem acaba roubando a cena - e ela faz isso sem aparecer nem falar muito - é Judith Chemla, hilária como Paulette. Ri muito!

Os Nomes Do Amor
Se levarmos em consideração a temática abordada pelo filme, o fato de se conseguir extrair humor numa história que encara a guerra franco-argelina e o holocausto é digno de aplausos ao diretor Michel Leclerc, feliz na sua ousadia. O destaque fica para a belíssima atriz Sara Fostier, daquelas capazes de transformar um direitista ortodoxo em esquerdista revolucionário sem precisar fazer muito esforço. Fazendo então, aí vira covardia.

Lobo
Um show de imagens. É mais ou menos como pegar o que há de melhor documentado (sem nada dever a NatGeo ou Discovery Channel), transformar em cinema e passar uma mensagem ao público. O trabalho do diretor Nicolas Vanier é tão deslumbrante que o mais sensato a se fazer é tomar nota desse nome e correr atrás do que quer que esse sujeito possa se envolver daqui para frente. Afinal, o que duvidar de alguém que supera um desafio de 50 graus abaixo de zero?

Copacabana
Babou (Isabelle Ruppert) poderia dar nome ao filme. Com uma atuação que encanta pela sutileza, a "despreocupada jovem-senhora" costura fio-a-fio o que no final das contas é o grande tecido denominado "Copacabana". O bairro da zona sul carioca nem precisou aparecer para ficar muito bem representado na alma da protagonista.

Senhorita
Além do Festival de Cinema Francês, o Rio de Janeiro teve o privilégio de sediar também a "Retrospectiva Bonnaire". E a atriz Sandrine Bonnaire (a mesma de "Xeque-Mate") tem novamente grande atuação, encarnando uma senhorita (ou "mademoiselle", se preferir) que por si só já torna o filme agradável, algo reforçado pela leveza do roteiro. Hoje Sandrine está no topo da lista de atrizes/diretoras que tenho vontade de assistir.

Simon Werner Desapareceu
É puro suspense, do primeiro ao último suspiro (talvez esse seja o maior mérito do diretor Fabrice Gobert). A história é contada com idas e vindas, reconstruindo as cenas sob a visão de diferentes personagens, o que torna o filme especial. E talvez essa sensibilidade de ir e voltar no tempo sem tornar a obra entediante - pelo contrário - seja o ponto que diferencie este filme de tantos outros já realizados, escapando daquela manjada ótica "hollywoodiana".

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Luz Do Bhagavata - Verso 14

O relâmpago é instável em sua amizade, deixando de permanecer fiel a qualquer uma das nuvens, embora elas sejam as amigas do mundo inteiro, assim como as mulheres luxuriosas não permanecem estáveis mesmo na companhia de homens que possuem excelentes qualidades.

Durante a estação chuvosa, o relâmpago aparece em um grupo de nuvens e logo passa a outro grupo de nuvens. Esse fenômeno é comparado a uma mulher luxuriosa que não fixa sua mente em apenas um homem. Compara-se a nuvem a uma pessoa qualificada porque ela derrama chuva e dá sustento a muitas pessoas. De igual modo, o homem qualificado dá sustento a muitas criaturas vivas, tais como os membros familiares e diversos trabalhadores no comércio. Infelizmente, toda a sua vida pode ser perturbada por uma esposa que dele se divorcia. Quando o marido se perturba, a família inteira se arruína, as crianças se dispersam, seus negócios vão à falência e tudo é afetado. Recomenda-se, portanto, que a mulher interessada em avançar pacificamente na consciência de Krsna viva com o esposo e que o casal não se separe em nenhuma circunstância. Esposo e esposa devem controlar o desejo sexual e concentrar suas mentes na consciência de Krsna para que a vida deles possa ser bem sucedida. Afinal, neste mundo o homem precisa da mulher e a mulher precisa do homem. Ao se unirem, eles devem viver pacificamente a consciência de Krsna e não devem ser inconstantes como o relâmpago, passando de um grupo de nuvens para outro.