sábado, 31 de dezembro de 2011

Anos Melhores Para Pessoas Melhores

31 de dezembro -> 1º de janeiro. Poderia ser somente mais uma mudança de data, mas no inconsciente coletivo trata-se de novos tempos, tempos de mudanças (de preferência, para melhor). E é nesse sadio clima de virada de ano que desejo a todos um ótimo 2012, agradecendo por tudo o que aconteceu em 2011 - que possamos carregar aprendizados e experiências como bagagem para a nossa evolução.

Inspirado no ensinamento de Mahatma Gandhi "seja a mudança que você quer ver no mundo", convido cada um a refletir sobre suas escolhas, seus atos, enfim seu modus vivendi. A transformação começa - e termina - com uma reforma íntima, pessoal e intransferível. Seja melhor para o mundo que o mundo será melhor para você!

E só para constar,esta é a 100ª postagem publicada neste espaço. Que estejamos juntos para outras marcas centenárias. (:

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Luz Do Bhagavata - Verso 17

Quando as nuvens aparecem no céu o pavão começa a dançar em êxtase, assim como uma alma sincera fica submersa em alegria ao aparecer uma pessoa santa em sua casa.

O dever dos sábios e das pessoas santas é ir de porta em porta e iluminar os chefes de família, dando-lhes conhecimento espiritual. Compara-se a vida de chefe de família a um poço escuro. Num poço escuro a rã não consegue ver luz profusa do céu aberto. O poço escuro da vida de chefe de família mata a alma. Deve-se, portanto, sair dela para que se possa ver a luz da visão espiritual. As pessoas santas e os sábios misericordiosamente tentam resgatar as almas caídas do poço escuro da vida de chefe de família. Portanto, um chefe de família iluminado fica satisfeito quando eles vêm à sua casa. A mente de um chefe de família, que é uma alma condicionada, está sempre perturbada pelas três classes de misérias da vida material. Todos desejam ser felizes em sua vida familiar, mas as leis da natureza não permitem que alguém seja feliz na existência material, que é como um fogo que surge na floresta sem nenhuma intervenção humana.

Na era de Kali, como descrito antes, as pessoas em geral não se satisfazem mais com a presença das pessoas santas e dos sábios, nem estão interessadas em iluminação espiritual. As pessoas santas e os sábios, no entanto, correm todos os riscos para propagar a mensagem de Deus. O Senhor Jesus Cristo, Thakura Haridasa, o Senhor Nityananda Prabhu e muitos outros sábios arriscaram suas vidas para propagar a mensagem de Deus. Pessoas santas e sábios auto-realizados correm esse risco em prol da iluminação espiritual das pessoas. Eles não fazem votos de silêncio visando receber glorificação barata da massa de pessoas ignorantes. Deus fica satisfeito apenas quando Seus devotos correm toda sorte de riscos para propagar Suas glórias. Semelhantes devotos não temem a difícil jornada para cruzar o oceano de ignorância. Eles estão sempre ansiosos pelo bem-estar das almas caídas, que estão apegadas ao falso gozo da vida material, na qual elas esquecem seu relacionamento eterno com Deus.

É dever das pessoas santas e dos sábios iluminar as almas caídas, e, por sua vez, é dever do chefe de família recebê-los cordialmente, assim como o pavão dança em êxtase devido à presença de nuvens no céu. Só se pode extinguir o fogo das três classes de misérias experimentadas pelos homens materialistas com a nuvem da misericórdia das pessoas santas e dos sábios, que podem derramar a água dos tópicos transcendentais para pôr um fim às misérias dos chefes de família.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Natal É Nascimento E Nascimento É Vida

Este tema foi tratado por aqui no ano passado e não é minha intenção me estender muito e menos ainda ser repetitivo. Mas não pode passar batido algo tão relevante como a discussão sobre o que estamos fazendo com o Natal (ou o que estamos fazendo do Natal).

Em primeiro lugar, etimologicamente "natal" quer dizer "nascer". Ou seja, cada um que esteja lendo essas palavras teve o seu dia de natal, convenientemente registrado em documentos como a certidão de nascimento ou a carteira de identidade.

Nessa data de vinte e cinco de dezembro, o Natal tem um sentido mais místico e religioso, até porque o ser que tem o nascimento celebrado é simplesmente divinal: Jesus Cristo. Daí nasce a discussão: como celebrar o natal de alguém como Jesus?

Eu, particularmente, acho que estamos fazendo isso da forma errada. Nascido numa manjedoura (do italiano mangiatoia: local onde se põe comida para os animais) e figura pacifista por toda a vida, Jesus é hoje "homenageado" pela degustação de cadáveres animais (seja peru, chester, frango, pato, tender, a lista é extensa). Será que o lugar onde se põe comida para os animais foi confundido com o lugar onde comemos os animais? O banquete da ceia natalina, onde pseudos-cristãos gozam de uma orgia alimentar descaracterizada de qualquer sentido sacro, muito mais remete à idéia de matadouro (lugar onde se matam animais) do que qualquer outra coisa.

Então, cá estou através deste texto pedindo uma reflexão: este comportamento à mesa é coerente com a filosofia de vida ensinada por Jesus de Nazaré?

Estou convencido de que não, não é. Por isso, uma ceia estritamente vegetariana é a única alternativa ética para quem quer celebrar um Natal na acepção mais natalina do termo: com vida.

Feliz Natal a todos.