segunda-feira, 11 de março de 2013

11.03.2013

O movimento pelos direitos animais comemora nesse dia onze de março de dois mil e treze uma conquista das mais significativas: a proibição de comercialização de cosméticos testados em animais.

Trata-se de uma decisão histórica e que a princípio se refere à União Européia, mas que certamente encontra um potencial gigantesco para chegar a todos os blocos econômicos mundiais.
(Leia também: Fim dos testes de cosméticos em animais, anuncia marca japonesa Shiseido)

A medida vem ao encontro de reivindicações que datam de mais de duas décadas, envolvendo esforços da cadeia The Body Shop e da organização Cruelty Free International.

A partir desta data, coelhos não perderão a visão para que uma criança britânica escove os dentes. A partir desta data, macacos não serão submetidos a condições severas de estresse para que um adolescente alemão passe sabonete no corpo. A partir desta data, animal nenhum será entorpecido até a morte para análise de cosméticos usados por um habitante italiano. Entre muitos outros exemplos.
(Leia também: Teste em animais)

É evidente que estamos diante de um avanço no percurso em direção à libertação animal. Mas há muito ainda o que ser percorrido. Indústrias como a alimentícia, a farmacêutica e a de vestuários, para só citar essas três, carregam em si a dor e o sofrimento de bilhões de seres inocentes.

Enquanto a legislação não avança no sentido de dar proteção legal aos animais não-humanos, cabe ao indivíduo consciente boicotar os produtos que exploram animais. Exatamente como sugeria Mahatma Gandhi: Seja a mudança que você quer ver no mundo.

Enfim, comemoremos essa data que tem tudo para ser um marco. O trajeto não termina aqui. Estamos apenas começando. Rumo ao abolicionismo.

sábado, 2 de março de 2013

Sobre Adolf Hitler E Todos Nós

Quase uma unanimidade quando o assunto é mau exemplo para a humanidade, o líder que conduziu a Alemanha ao maior conflito do século XX (a Segunda Guerra Mundial) trata-se de uma figura que desperta sentimentos intensos.

Particularmente, não vejo condições de criar simpatia e muito menos admiração por alguém que seja responsável pela matança sistemática e premeditada de tantos seres inocentes.

Mas o que temos nós a ver com isso?, poderá perguntar alguém ao ler esse tópico. Hitler é totalmente diferente da gente!, exclamaria em seguida.

Talvez a maior diferença entre Adolf Hitler e muitos de nós esteja no uso daquele bigode um tanto exótico. Em se tratando da matança sistemática e premeditada de tantos seres inocentes, a semelhança é grande.

No período em que Adolf Hitler esteve no poder, grupos minoritários considerados indesejados - tais como Testemunhas de Jeová, eslavos, poloneses, ciganos, homossexuais, deficientes físicos e mentais, e judeus - foram perseguidos no que se tornou conhecido como Holocausto. A maioria dos historiadores admite que a maior parte dos perseguidos foi submetida a Solução Final, enquanto certos seres humanos foram usados em experimentos médicos ou militares (ver: Experimentos humanos nazistas).

No período em que a indústria de animais para consumo está prosperando, grupos de animais considerados mercadorias – tais como vacas, bois, porcos, frangos, galinhas, cavalos e peixes – foram perseguidos no que se tornou banalizado como cultura. A maioria dos cientistas admite que a totalidade dos perseguidos é submetida a situações de tortura, enquanto certos animais são usados em experimentos médicos ou militares (ver: Vivissecção).

Hitler não era um mau cidadão durante 100% do tempo. Infelizmente, suas empreitadas cruéis deixaram milhões de vítimas ao longo de uma década. Agora, e quanto a nós? Será que somos bons cidadãos durante 100% do tempo? Infelzimente, algumas de nossas escolhas cruéis (na maioria das vezes impensadas, pois simplesmente não paramos para refletir sobre o tema) deixaram e continuam deixando bilhões de vítimas todos os anos.

Testemunhas de Jeová, vacas, eslavos, bois, poloneses, porcos, ciganos, frangos, homossexuais, galinhas, deficientes físicos e mentais, cavalos, judeus e peixes, para somente citar alguns exemplos, pois a lista é mais extensa, são todos eles, sem exceção, seres capazes de experienciar alegria, prazer, dor e sofrimento. Respeitemos. Façamos escolhas conscientes. Do contrário, corremos o risco de agirmos como Hitler para os outros.
Acima, Hitler com sua esposa e a amada cadela Blondi.
Abaixo, uma cidadã comum indiferente aos restos daquilo que nos acostumamos a chamar de presunto, salame, mortadela, carne suína... Será que cada um sabe onde guarda o seu holocausto?

Para mais informações, pode-se ver o verbete sobre Adolf Hitler e assistir o filme "Terráqueos" ("Earthlings").