quarta-feira, 25 de julho de 2012

Tomar Partido E Fazer Política: Onde Estão Os Direitos Dos Animais?

2012 é ano de eleições municipais pelo Brasil e, embora o pleito seja realizado em outubro, em julho já vemos - e ouvimos - propagandas políticas de diversos candidatos.

Vivemos em um país pluripartidário, com dezenas de legendas diferentes e coligações bizarras, daquelas que fazem dividir o palanque dois sujeitos hoje abraçados e ontem inimigos declarados.

Recentemente, foi fundado o 30º partido (denominado PEN - Partido Ecológico Nacional). O nome é sugestivo e insere-se num contexto histórico onde o debate ambientalista é crescente em praticamente todos os cantos do mundo, notadamente pela ameaça global das mudanças climáticas.

Não sei, sinceramente, o que esperar do PEN no cenário nacional. E nem é meu objetivo especular isso nesse presente momento. Quero, isto sim, apresentar dois partidos políticos de fora do Brasil que colocam como tema central os direitos dos animais, algo que seria muito bem-vindo no país que mais exporta carne no mundo e que financia fortemente a pecuária (perceba como acaba se tratando, também, de uma questão ambiental).

Na Holanda, em 2002, surgiu o Partido pelos Animais (Partij voor de Dieren, em holandês), atualmente presidido pela ativista Marianne Thieme, figura simpaticíssima que tive a felicidade de conhecer em julho de 2009, no Festival Vegano Internacional, realizado no Rio de Janeiro. O trabalho que vem sendo realizado na Holanda é inspirador no sentido de que nós podemos - e devemos - aplicar algo dessa natureza nessa nação, onde a exploração animal concentra renda, degrada ecossistemas e tortura milhões de seres inocentes.

O outro exemplo ocorre em Portugal, país onde, em 2009, surgiu o PAN (Partido pelos Animais e pela Natureza), que elegeu seu primeiro deputado nas eleições de 2011. Pode-se acompanhar as atividades desse partido através da rede social Facebook.

Vejo esses casos na Holanda e em Portugal como feixes de luz a iluminarem uma escuridão que assola os direitos dos animais. No Brasil, a legislação determina que nenhum animal deverá ser submetido à crueldade. Precisamos, portanto, fazer valer esse direito. Talvez seja necessário, para isso, criar um partido político focado nesse ideal de libertação animal. Pode ser que, com ele, nasça uma nova ética de respeito pela vida, que não vem sendo zelada como deveria pelos trinta partidos já existentes.

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Luz Do Bhagavata - Verso 25

O Senhor reciprocava os sentimentos dos habitantes da floresta de Vrndavana. Quando a chuva caía, o Senhor Se refugiava aos pés das árvores ou nas cavernas e desfrutava o sabor de diferentes frutas com Seus associados eternos, os vaqueirinhos. Ele brincava com eles, sentava-Se com eles e comia frutas com eles.

Tornar-se uno com Deus nem sempre indica que o ser vivo tenha de se fundir na existência do Senhor. Tornar-se uno com Deus significa que a pessoa alcança sua qualidade espiritual original. A menos que obtenha essa qualidade espiritual, ela não poderá entrar no reino de Deus. Os membros da escola impersonalista explicam sua idéia de unidade através do exemplo da água do rio que se mistura com a água do mar. Contudo, devemos saber que dentro da água do mar existem seres vivos que não se fundem na existência da água, senão que conservam suas identidades separadas e gozam a vida dentro da água. Eles são unos com a água no sentido de que alcançaram capacidade de viver dentro da água. Analogamente, o mundo espiritual não está à parte de sua parafernália separada. O ser vivo pode conservar sua identidade espiritual distinta no reino espiritual e gozar a vida com o ser espiritual supremo, a Personalidade de Deus.

Em Vrndavana, todas as entidades espirituais - os vaqueiros, as vaqueirinhas, a floresta, as árvores, as colinas, a água, as frutas, as vacas etc - desfrutam a vida espiritual na associação do Senhor, Sri Krsna. Eles são simultaneamente unos com o Senhor e diferentes dEle. Mas, em última análise, eles são iguais em diferentes variedades.