domingo, 28 de fevereiro de 2010

Força, Aaron Ramsey!

A vitória do Arsenal por 3a1 sobre o Stoke City reacendeu as esperanças de conquistar o título inglês - notadamente pelo fato de o Chelsea ter perdido em casa para o Manchester City, por 4a2.

Mas, se pensarmos num lance que aconteceu por volta dos 20 minutos do 2º tempo, o resultado da partida deixa de ser a coisa mais importante do jogo.


Jogadores se desesperam com a cena: jogador expulso saiu chorando.

O jovem jogador galês foi levado para Londres, onde seria submetido a uma cirurgia de emergência. Naquela altura, o jogo estava empatado em 1a1, mas o Arsenal buscou forças para, nos acréscimos, marcar duas vezes e garantir a vitória. Francesc Fàbregas, autor do 2º gol, comemorou o gol gritando o nome de Aaron. Mas, como disse, o resultado é o de menos.

Força, Aaron Ramsey!

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Samba Da Vila 2010 - Uma Obra-Prima!

Saudações, você que lê.

Essa atual postagem se faz presente para comentar sobre os sambas de enredo 2010. Há alguns bons sambas na atual safra, outros nem tanto, porém há um especificamente que achei maravilhoso: o da Unidos de Vila Isabel, de composição de Martinho da Vila.

Vamos lá, um por um, analisar brevemente o que cada escola trás pra nós.

Acadêmicos do Salgueiro. Com um enredo sobre literatura, o samba do Salgueiro novamente não é grandes coisas, mas já é melhor que o do ano passado (vale dizer que ano passado "o tambor da Academia" faturou, com méritos, o campeonato). Tem alguns bons momentos melódicos, mas em momento algum me senti empolgado com o samba desse ano.

Beija-Flor. Homenageando o meio século de Brasília, a escola nilopolitana fez mais uma vez um samba interessante, com um refrão forte ("sou candango, calango e Beija-Flor! / traçando o destino ainda criança / a luz da alvorada anuncia! / Brasília capital da esperança") e sendo interpretado pelo inconfundível Neguinho da Beija-Flor. Com esse samba, a grana do patrocínio da terra do Palácio do Planalto e a reconhecida sapiência em fazer carnavais, a Beija vem que vem.

Portela. Já não sou lá um grande admirador da Portela (pra não dizer que simplesmente não gosto da agremiação), e se por um lado vem com um enredo original - falando de inclusão digital - o fato é que o samba não é grandes coisas. Talvez funcione na avenida, tem uma melodia gostosa, mas a letra parece repetitiva.

Unidos de Vila Isabel. Uma obra-prima! De muita sensibilidade a composição de Martinho, de muita sabedoria a iniciativa da escola em fazer enredo o centenário de nascimento de Noel Rosa, um sujeito cuja trajetória se confunde com a história do bairro que abriga a quadra da escola. Vamos à letra!

Se um dia na orgia me chamassem
Com saudades perguntassem
Por onde anda Noel
Com toda minha fé responderia
Vaga na noite e no dia
Vive na terra e no céu

Seus sambas muito curti
Com a cabeça ao léu
Sua presença senti
No ar de Vila Isabel

Com o sedutor não bebi
Nem fui com ele a bordel
Mas sei que está presente
Com a gente neste laurel

Veio ao planeta com os auspícios de um cometa
Naquele ano da Revolta da Chibata
A sua vida foi de notas musicais
Seus lindos sambas animavam carnavais
Brincava em blocos com boêmios e mulatas
Subia morros sem preconceitos sociais

(Foi um grande!)

Foi um grande chororô
Quando o gênio descansou
Todo o samba lamentou
Ô ô ô
Que enorme dissabor
Foi-se o nosso professor
A Lindaura soluçou
E a Dama do Cabaré não dançou

Fez a passagem pro espaço sideral
Mas está vivo neste nosso carnaval
Também presentes Cartola
Araci e os Tangarás
Lamartine, Ismael e outros mais
E a fantasia que se usa
Pra sambar com o menestrel

Tem a energia da nossa Vila Isabel

Quer sentir um pouco dessa vibração? 3 línquis pra você então, diretamente do ensaio técnico realizado pela escola, no dia 3 de fevereiro => 1, 2 e 3.

Acadêmicos do
Grande Rio. Faça-me o favor! Cantar "o camarote número 1"? Na moral, esses patrocínios no carnaval estão fazendo um desserviço à qualidade dos enredos e das composições musicais. A cervejaria deve ter injetado muita cevada, digo, muita grana nos cofres duque caxienses, e o samba só não ficou trágico porque o gogó de Wantuir é mágico. Na avenida, contarão também com a sempre competente bateria de Mestre Ciça, que estréia na escola que tinha seus ritmistas comandados por Mestre Odilon. De repente o estrago será pequeno.
..

Estação Primeira de Mangueira. Bom samba, como de hábito na verde-e-rosa. Gostoso de se ouvir, cumpre o seu papel, mas não o vejo figurando entre os melhores do ano.

Imperatriz Leopoldinense. Interpretado por Dominguinhos do Estácio - que bom vê-lo e ouví-lo de volta no Grupo Especial! - o samba da escola tem uma conotação emotiva, honrando o enredo que fala sobre a fé. Acredito que possa proporcionar bons momentos na Sapucaí.

Unidos do Viradouro. Cantando as culturas mexicanas e contando com a voz de Wander Pires, o samba da Viradouro pode até não ser grandes coisas - e não é - mas tem energia. A última escola que cantou "arriba" sagrou-se campeã (Vila 2006), mas não acho que a Vira 2010 tenha esse gás...

Unidos da Tijuca. "É segredo!" É Paulo Barros! O genial carnavalesco trouxe uma temática bem ao seu estilo: cheia de mistérios e criatividade. O samba, infelizmente, não corresponde à grandeza dos seus desfiles, mas se for bem conduzido por Bruno Ribas e cantado com vontade pela comunidade do Borel, o resultado será promissor.

Unidos do Porto da Pedra. A escola vem falando de moda, é f... O samba tem algumas boas passagens, uma ou outra rima interessante, mas com um enredo desse a tarefa não é fácil...

Mocidade Independente. Samba fácil de se cantar, enredo fácil de se entender, o que não tá fácil é vermos a reestruturação e retomada da verde-e-branco de Padre Miguel ao seu lugar de direito: as primeiras posições do carnaval. O samba desse ano tem bastante "pegada", lembrando o de 2008, que curiosamente teve como carnavalesco o mesmo Cid Carvalho, que está de volta à escola. E, depois de uma década, quem também volta à Mocidade é David do Pandeiro, intérprete do samba.

União da Ilha. Outro belo samba desse ano vem da Ilha do Governador. Letra bonita, boa melodia, andamento agradável. Ultimamente a primeira escola a desfilar vem sendo rebaixada ao Grupo de Acesso. Nesse ano, a Ilha - recém-promovida ao Especial - abre os desfiles. E, com esse samba falando de Dom Quixote De La Mancha e contando com o talento de Rosa Magalhães, talvez tenhamos uma mudança naquele cenário.

Que venham os desfiles!

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Parabéns, Francisco Varallo!

Único jogador vivo da Copa do Mundo de 1930 faz 100 anos

O atacante Francisco Varallo tinha 20 anos quando foi convocado para a seleção argentina que disputou a primeira Copa do Mundo, em 1930. Era o caçula da equipe. No torneio, fez um gol, ganhou uma lesão no joelho esquerdo e saiu vice-campeão - perdeu a decisão para o Uruguai, dono da casa, por 4 a 2.

Aquele jogo, ocorrido há quase 80 anos no estádio Centenário e acompanhado por 93 mil pessoas, não sai da mente de Don Pancho, como é chamado. Só o fato de recordá-lo, afinal, já é uma façanha: Varallo é o único jogador vivo a ter participado do Mundial de 1930. Nesta sexta-feira, ele completa 100 anos.

"Todos me perguntam sobre aquela partida. Eu era muito novo, não tinha experiência. Às vezes prefiro não lembrar do que aconteceu", disse, lúcido, o ex-jogador. "Ganhávamos facilmente por 2 a 1 e perdemos. Eu não podia correr porque meu joelho doía. Fico louco ao lembrar porque os uruguaios eram muito prepotentes".

A brilhante trajetória nos gramados, ainda que curta, será lembrada em sua terra natal, La Plata. A cidade, que fica a 50 km de Buenos Aires, abrirá mão de uma de suas peculiaridades para homenagear o filho ilustre.

Conhecida por ter as ruas designadas apenas por números, agora La Plata terá um logradouro com nome próprio: o trecho da avenida 25 entre as ruas 32 e 525 se chamará Francisco Varallo. No próximo dia 12, uma grande festa será realizada no Coliseo Podestá, também La Plata. Lá, Pancho será o primeiro homenageado do prêmio que levará seu nome e exaltará "o cavalheirismo e a trajetória".

A trajetória de Varallo nos campos durou 15 anos. A estreia na Primeira Divisão argentina foi aos 14 anos, defendendo o 12 de Octobre. Depois, transferiu-se para o Gimnasia y Esgrima. Foi no Boca Juniors, porém, que fez história. Em 1931, fez o primeiro contrato profissional, por 7 mil pesos, e rumo para a capital federal.

No Boca, venceu os torneios nacionais de 1931, 1934 e 1935. Marcou 194 gols em 222 partidas e foi o maior artilheiro do clube até ser ultrapassado por Martín Palermo em 2008. O joelho esquerdo, cronicamente lesionado, fez com que Varallo encerrasse a carreira em 1939, com apenas 29 anos.

Extraído de ESPN.com.br

Muito bacana o fato... 80 anos atrás, jogou uma final de mundial no estádio Centenário. Hoje, o centenário é seu, Varallo! Parabéns e felicidades!

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Balanço De Janeiro

Não apenas um novo mês, mas um novo ano começou. Em janeiro rolaram alguns dias chuvosos, alguns dias nublados, mas a grande maioria deles de muito calor. Um desses dias de muito calor foi no dia 6, com show de Nando Reis na "Varanda Vivo Rio". Não havia programa mais adequado para aquela noite de quarta-feira, afinal, dia 6 é dia de Reis. E, de fato, foi um grande show. Apesar do atraso de mais de uma hora pro início (coisa lamentável e de certa forma desrespeitosa para com o público) e do calor naquele ambiente muito mal ventilado (de toda forma um desrespeito para com o público e os artistas), a habilidade de Nando como músico fizeram esses episódios valerem a pena.


O show ainda vai começar, mas o suor já marca presença...

Naquele mesmo dia 6, só que antes do show, fui passear com Gaia e Samadhi no Maracanã. Estava vestindo a camisa do Universidad de Chile (Gaia vestia uma coleira preta e Samadhi uma lilás), quando repentinamente, um sujeito acompanhado de umas outras três ou quatro pessoas aponta na minha direção. Olhei pra trás pra me certificar se era comigo mesmo e só poderia ser: não havia mais ninguém a menos de 20 metros de distância. Vou me aproximando sem saber bem o que sera, e o rapaz tira da mochila uma bandeira... do Universidad de Chile! Era um turista chileno que ficou maravilhado em ver um carioca vestindo a camisa de seu time de coração. Acho maneiras essas coincidências, meses atrás um cara - também torcedor do Universidad - veio me cumprimentar ao me ver com a camisa. Felizmente não eram torcedores do Colo-Colo, né?

Na semana seguinte, fiz com mamãe e irmã uma viagem maravilhosa pra Itapecerica da Serra, comemorando o Vyasa Puja de Srila Gurudeva, pela primeira vez no Brasil. Foi uma viagem de muito aprendizado e muitas bênçãos, onde tive a oportunidade de ser iniciado formalmente na filosofia Hare Krishna. Lá encontrei alguns amigos que não via há bastante tempo e pude aprender um pouco mais sobre as escrituras sagradas hindus, que datam de mais de cinco mil anos.


Depois da experiência de dividir quarto com 11 pessoas (das quais sete hablando español) pude ver como minha casa é um ambiente altamente sossegado. "Balarama, vá limpar los dientes!", "Tonto!", eram algumas das frases que podiam ser ouvidas nos mais variados horários. É... talvez fosse eu o único indivíduo nesse planeta munido de despertadores em idioma estrangeiro e que acorda o sujeito sem ele configurar o alarme. Mas tranqüilo, no final das contas até isso acabou sendo algo interessante e virou "história pra contar".

Mais pro final do mês - mais precisamente dia 29, aniversário de papai - fui conhecer a estátua do Cristo Redentor. Pois é... antes tarde do que mais tarde.

Família nas alturas e com as bênçãos do Cristo.

Viram só? Consegui fazer um balanço do mês sem usar as palavras "futebol" e nem "Botafogo". Como diria o Quico: "que coisa, não?"

Abraços e um Feliz Ano Novo!