Recordando o 05.06.2013, lembro da aventura que foi tomar a posse no MMA. O vôo naquela manhã de quarta-feira, marcado para às 6h e com previsão de chegada por volta das 8h, teve um atraso inesperado e cheguei a comprar uma nova passagem numa outra companhia apenas para tentar garantir a chegada em Brasília em tempo hábil de efetuar os procedimentos para assumir o cargo. Entre idas e vindas, me vi correndo pelo aeroporto segurando o cinto numa mão e a calça na outra, parecendo qualquer coisa - exceto um cidadão dito civilizado. Também pudera: às 10h38 o painel informou que o avião sairia às 10h45, quando instantes antes a previsão era de um atraso de pelo menos duas horas (o aeroporto encontrava-se fechado devido às condições meteorológicas). Tão logo vi a informação do "última chamada", corri atrás de mamãe e lá fomos nós, literalmente correr contra o tempo para sair de lá voando. No final das contas, deu pra fazer tudo e ainda tive a felicidade de mamãe escolher um apê na capital federal que caiu como uma luva em todos os sentidos, local de onde digito essa postagem nesse presente momento.
Um ano que se passa. Olhando para o passado mais recente, a noite de ontem foi fantástica: tive a oportunidade de assistir a palestra de lançamento do livro Por Que Amamos Cães, Comemos Porcos E Vestimos Vacas, de Melanie Joy, que pisou pelo primeira vez no Brasil nesse 04.06.2014. Fascinante a maneira que a estadunidense conduziu a palestra, tenho convicção que foram lançadas sementes de germinação instantânea naquele auditório lotado de jovens, em pleno Instituto de Biologia na Universidade de Brasília. Uma noite que teve ainda degustação vegetariana pós-palestra. E que só não foi perfeita porque meus amores encontram-se a mais de mil quilômetros de distância - geográfica, pois os corações estão constantemente conectados.
Então é isso... Se puder deixar uma mensagem nesse Dia Do Meio (Ambiente), diria o seguinte: tudo o que você resolver fazer pelo ambiente, faça não pensando nele, mas pensando naqueles que vivem nele. Todas as formas de vida merecem respeito, e respeitar o meio é respeitar as formas de vida. Se o ambiente tivesse a capacidade de sentir dor e sofrer, eu diria que o fim é zelar pelo meio. Só que a capacidade de sentir dor e sofrer é experienciada por animais - humanos e não humanos. Portanto, empenhemo-nos em poupá-los de qualquer dor e sofrimento. Uma dessas maneiras é cuidando do ambiente. Cuidado que perderia o sentido se estivesse desconectado dos sujeitos que merecem esse cuidado: os seres sencientes. Não os coma. Não os vista. Não os use. Liberte-os. Assim, estaremos construindo um ambiente de paz e justiça, com princípio, meio e final feliz.