segunda-feira, 28 de junho de 2010

Torço Pela Holanda!

É interessante, embora particularmente não me contagie, ver as pessoas fantasiadas de verde-e-amarelo. E mais: num período que não remete ao carnaval (pelo menos não no calendário).

Porém, como amante do futebol-arte e do jogo na dimensão do espetáculo e da atração, considero que o esporte mais popular do planeta tem uma dívida com a seleção holandesa. O país que revolucionou a modalidade com o conceito de "Futebol Total", levado à prática com o "Carrossel Holandês" merece mais que qualquer outro um título mundial.

Não, eu não era nascido naquela época. Mas, se estivesse encarnado naquele ano de 1974, certamente meu coração bateria diferente quando aquela Holanda jogava.

Um título nesse Mundial 2010 não substituiria, de forma alguma, a conquista que não veio 36 anos atrás. Mas seria, no mínimo, um fato que levaria o mundo da bola a recordar a gloriosa história holandesa, o que remeteria ao imortal Rinus Michels.

Nada contra a "onda patriótica" que se manifesta a cada 4 anos nas terras tupiniquins, mas não meço a brasilidade de ninguém pelo fato de torcer ou não pela seleção convocada pelo Dunga.

Tanto razão como emoção me convidam a torcer por Robben, Sneijder, van Persie e companhia. E eu, obediente, aceito o convite.

Vai, Holanda!

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Sangue Italiano Flui Na Veia

Como adepto do futebol arte, o "defensivista" estilo de jogo italiano não faz de mim um grande fã da Azzurra. Prefiro ver jogar a escola holandesa, a argentina, essa brilhante geração espanhola, por exemplo.

Mas, cá entre nós, hoje fiquei automaticamente arrepiado ao ouvir a execução do hino nacional italiano antes do início da estréia de Itália e Paraguai pela Copa do Mundo 2010. Acabo de perguntar para minha vó, curioso por saber qual o "galho" da árvore genealógica que mais me aproxima do "país da bota". Vovó é neta de italiano, ou seja, são 5 gerações de distância até esse que vos digita.

5 gerações? Que fique de lição: nunca subestime a força e o sentido de um arrepio!

Cannavaro e Iaquinta comemoram com De Rossi o gol italiano. Paraguaios lamentam.

Segue o hino nacional italiano. Vai treinando aí.

Fratelli d´Italia,
l´Italia s`è desta
dell´elmo di Scipio
s´è cinta la testa.
Dov´è la vittoria?
Le porga la chioma,
che schiava di Roma
Iddio la creò. Stringiamoci a coorte,
siam pronti alla morte.
Siam pronti alla morte,
l´Italia chiamò.
Stringiamoci a coorte,
siam pronti alla morte.
Siam pronti alla morte,
l´Italia chiamò, sì! Noi fummo da secoli
calpesti, derisi,
perchè non siam popoli,
perchè siam divisi.
Raccolgaci un´unica
bandiera, una speme:
di fonderci insieme
già l´ora suonò.
Uniamoci, uniamoci,
l´unione e l´amore
rivelano ai popoli
le vie del Signore.
Giuriamo far libero
il suolo natio:
uniti, per Dio,
chi vincer ci può?
Stringiamci a coorte!
Siam pronti alla morte;
Siam pronti alla morte;
Italia chiamò.
Stringiamci a coorte!
Siam pronti alla morte;
Siam pronti alla morte;
Italia chiamò, sí!
Dall'Alpe a Sicilia,
Dovunque è Legnano;
Ogn'uom di Ferruccio
Ha il core e la mano;
I bimbi d'Italia
Si chiaman Balilla;
Il suon d'ogni squilla
I Vespri suonò.
Son giunchi che piegano
Le spade vendute;
Già l'Aquila d'Austria
Le penne ha perdute.
Il sangue d'Italia
E il sangue Polacco
Bevé col Cosacco,
Ma il cor le bruciò.
Stringiamci a coorte!
Siam pronti alla morte;
Siam pronti alla morte;
Italia chiamò.
Stringiamci a coorte!
Siam pronti alla morte;
Siam pronti alla morte;
Italia chiamò, sí!

domingo, 13 de junho de 2010

Robert Green Ensina Como Preparar Um Frango

Não sou uma figura que se destaca pelos "dotes culinários", tampouco tenho grande interesse por receitas mirabolantes.

Mas ontem, assistindo ao encontro "the book is on the table" entre Inglaterra e Estados Unidos da América, pela primeira rodada da Copa do Mundo 2010, o goleiro Robert Green, do West Ham United e da seleção inglesa, ensinou para o mundo, em segundos, como se preparar um frango.

Veja a seguir o passo a passo.

E com a vantagem de que esse frango não financia a exploração animal, dispensa uso de confinamento e abate cruel. Mas, aviso, não deve ser nada fácil de digerir e pode custar 2 pontos.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Terminou O Festival, Mas Começou A Copa

Assisti a 7 filmes no Festival de Cinema Francês, que exibiu 10 obras em 9 cidades brasileiras, entre os dias 2 e 10 de junho de 2010. Uma maravilha ver o grande nível do cinema da França na atualidade e muito gostoso poder assistir a debates com os atores, vê-los de perto etc. Ficou um sabor de "quero mais", além daquele desejo de aprender o idioma local. Os 3 filmes que ainda não assisti estão na minha lista, espero vê-los o quanto antes.

Comentarei, brevemente, os dois filmes que assisti anteontem. Ontem iria assistir mais um, mas o trânsito caótico me obrigou a mudar os planos e acabei tendo que me contentar em ver o "show de abertura" da Copa do Mundo (e nem deu tempo de ficar pra ver a Shakira...).

O Dia Da Saia
História muito, mas muito, mas muito bem proposta. O filme narra o dia de uma professora que experiencia a violência e o mau comportamento dentro de uma escola pública francesa. O desenrolar dos fatos impressiona, onde o diretor consegue a proeza de conciliar o trágico ao cômico, arrancado suspiros de tensão e risos de graça numa obra que reserva um final sensacional, muito profundo.

O Refúgio
Filme que acompanha a gravidez de uma mãe bonita, com conforto financeiro, mas que tem como principal adversidade na sua vida o fato de ser viciada em drogas. A história flui com ares melancólicos e tem uma transmutação quando a protagonista passa a se aproximar do irmão de seu falecido parceiro amoroso, pai da criança que carrega no ventre. Nasce uma relação interessante entre eles e o final do filme sugere uma reflexão bastante admirável no assunto "maternidade".

Merci beaucoup, França! Au revoir, amigos! Aller au cinéma!

terça-feira, 8 de junho de 2010

Festival De Cinema Francês

Está rolando desde o dia 2 e irá até o próximo dia 10 o festival de cinema francês, presente em 9 capitais brasileiras. Tive a oportunidade de saborear 5 filmes desse festival e planejo ver mais (se possível, todos).

Vou aqui comentar brevemente sobre os filmes que assisti até o momento. E fica a dica: vá ao cinema!

Coco Chanel & Igor Stravinsky

Bom filme, que mostra como as emoções vividas pelas pessoas influenciam diretamente nos seus respectivos trabalhos. Stravinsky direcionava para suas composições uma genialidade que era moldada pelos seus sentimentos cotidianos. Um dos grandes momentos do filme é quando a esposa (traída) de Igor demonstra ter ciência do romance de seu marido com a estilista Coco Chanel, dizendo: “vejo muito mais paixão na sua música”. Quem não se apaixonaria pela música de Stravinsky? Ou pela beleza de Anna Mouglalis?

Hadewijch

A atuação da protagonista é algo de outro mundo. Se formos levar em consideração que é o primeiro papel cinematográfico da atriz Julie Sokolowski, chega a ser espantoso o quão convincente é o desempenho dela. O filme segue um ritmo que permite um diálogo entre diretor/espectador. E, quando parece que temos certeza do que vai sair dessa conversa, Hadewijch surpreende e emociona com um desfecho belíssimo. De altíssima sensibilidade narrativa, faço questão de colocar o nome de Bruno Dumont entre os grandes diretores da atualidade.

Faça-me Feliz

Comédia gostosa (sem fazer trocadilho com a bela atriz Frédérique Bel) e que flui muito bem. É verdade que a seqüência em que o protagonista está na festa na casa da filha do presidente lembre muito o filme “Um Convidado Bem Trapalhão” (com o lendário Peter Sellers), mas isso não tira a originalidade da obra de Emmanuel Mouret.

O Profeta


Filme muito bem dirigido, com atuação irrepreensível de Tahar Rahim e um roteiro que tira o fôlego e perturba. Certamente causará ainda muita polêmica. No cinema onde assisti (Unibanco Artelplex), a classificação etária estava como 12 anos. Absurdo. O próprio gerente do cinema reconheceu o erro e aumentará para 16 anos (“bondade” dele, era pra pelo menos 18). Aliás, se você tiver 20, 30, 40 ou o que for, só assista se for forte. A obra de Jacques Audiard é de deslocar da poltrona do cinema.

Oceanos

Assista-o. A abordagem sobre os oceanos é perfeita. A partir da exibição desse filme, você verá que qualquer obra sobre os mares pode ser qualificada como AO e DO – Antes de Oceanos e Depois de Oceanos. Tiro o meu chapéu para os diretores Jacques Perrin e Jacques Cluzaud.