quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Natal É Nascimento E Nascimento É Vida

Este tema foi tratado por aqui no ano passado e não é minha intenção me estender muito e menos ainda ser repetitivo. Mas não pode passar batido algo tão relevante como a discussão sobre o que estamos fazendo com o Natal (ou o que estamos fazendo do Natal).

Em primeiro lugar, etimologicamente "natal" quer dizer "nascer". Ou seja, cada um que esteja lendo essas palavras teve o seu dia de natal, convenientemente registrado em documentos como a certidão de nascimento ou a carteira de identidade.

Nessa data de vinte e cinco de dezembro, o Natal tem um sentido mais místico e religioso, até porque o ser que tem o nascimento celebrado é simplesmente divinal: Jesus Cristo. Daí nasce a discussão: como celebrar o natal de alguém como Jesus?

Eu, particularmente, acho que estamos fazendo isso da forma errada. Nascido numa manjedoura (do italiano mangiatoia: local onde se põe comida para os animais) e figura pacifista por toda a vida, Jesus é hoje "homenageado" pela degustação de cadáveres animais (seja peru, chester, frango, pato, tender, a lista é extensa). Será que o lugar onde se põe comida para os animais foi confundido com o lugar onde comemos os animais? O banquete da ceia natalina, onde pseudos-cristãos gozam de uma orgia alimentar descaracterizada de qualquer sentido sacro, muito mais remete à idéia de matadouro (lugar onde se matam animais) do que qualquer outra coisa.

Então, cá estou através deste texto pedindo uma reflexão: este comportamento à mesa é coerente com a filosofia de vida ensinada por Jesus de Nazaré?

Estou convencido de que não, não é. Por isso, uma ceia estritamente vegetariana é a única alternativa ética para quem quer celebrar um Natal na acepção mais natalina do termo: com vida.

Feliz Natal a todos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário