terça-feira, 8 de junho de 2010

Festival De Cinema Francês

Está rolando desde o dia 2 e irá até o próximo dia 10 o festival de cinema francês, presente em 9 capitais brasileiras. Tive a oportunidade de saborear 5 filmes desse festival e planejo ver mais (se possível, todos).

Vou aqui comentar brevemente sobre os filmes que assisti até o momento. E fica a dica: vá ao cinema!

Coco Chanel & Igor Stravinsky

Bom filme, que mostra como as emoções vividas pelas pessoas influenciam diretamente nos seus respectivos trabalhos. Stravinsky direcionava para suas composições uma genialidade que era moldada pelos seus sentimentos cotidianos. Um dos grandes momentos do filme é quando a esposa (traída) de Igor demonstra ter ciência do romance de seu marido com a estilista Coco Chanel, dizendo: “vejo muito mais paixão na sua música”. Quem não se apaixonaria pela música de Stravinsky? Ou pela beleza de Anna Mouglalis?

Hadewijch

A atuação da protagonista é algo de outro mundo. Se formos levar em consideração que é o primeiro papel cinematográfico da atriz Julie Sokolowski, chega a ser espantoso o quão convincente é o desempenho dela. O filme segue um ritmo que permite um diálogo entre diretor/espectador. E, quando parece que temos certeza do que vai sair dessa conversa, Hadewijch surpreende e emociona com um desfecho belíssimo. De altíssima sensibilidade narrativa, faço questão de colocar o nome de Bruno Dumont entre os grandes diretores da atualidade.

Faça-me Feliz

Comédia gostosa (sem fazer trocadilho com a bela atriz Frédérique Bel) e que flui muito bem. É verdade que a seqüência em que o protagonista está na festa na casa da filha do presidente lembre muito o filme “Um Convidado Bem Trapalhão” (com o lendário Peter Sellers), mas isso não tira a originalidade da obra de Emmanuel Mouret.

O Profeta


Filme muito bem dirigido, com atuação irrepreensível de Tahar Rahim e um roteiro que tira o fôlego e perturba. Certamente causará ainda muita polêmica. No cinema onde assisti (Unibanco Artelplex), a classificação etária estava como 12 anos. Absurdo. O próprio gerente do cinema reconheceu o erro e aumentará para 16 anos (“bondade” dele, era pra pelo menos 18). Aliás, se você tiver 20, 30, 40 ou o que for, só assista se for forte. A obra de Jacques Audiard é de deslocar da poltrona do cinema.

Oceanos

Assista-o. A abordagem sobre os oceanos é perfeita. A partir da exibição desse filme, você verá que qualquer obra sobre os mares pode ser qualificada como AO e DO – Antes de Oceanos e Depois de Oceanos. Tiro o meu chapéu para os diretores Jacques Perrin e Jacques Cluzaud.

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