Da esquerda para a direita: Jeferson Moura (PSOL), Sérgio Cabral (PMDB), Sérgio Costa (mediador), Fernando Peregrino (PR) e Fernando Gabeira (PV).
Sérgio Cabral, candidato à reeleição, compareceu e foi atacado de todas as direções, tendo conseguido descolar dois direitos de resposta. Os questionamentos variavam, indo desde o fato de a primeira-dama Adriana Ancelmo ser advogada da SuperVia e do Metrô (empresas concessionárias de transporte público e alvo de seguidas críticas) até o caso de os cabos eleitorais de Cabral receberem o dobro de salário que professores da rede estadual (os militantes pagos pelo governador ganham R$1200 enquanto o piso na educação está em R$610).
Foi interessante observar que Cabral, na tentativa de se defender, acaba muitas vezes se complicando ainda mais: atacava o governo de Anthony e Rosinha Garotinho (hoje partidários de Fernando Peregrino) mas já foi a eles coligado, como lembrou o adversário do PR.
Um dos pontos altos do debate foi quando Jeferson Moura, do PSOL, chamou o "verde" Fernando Gabeira de "ex-Gabeira", estando atualmente assumindo uma posição que confronta a história política do candidato coligado ao DEM (!) e ao PSDB (!). Gabeira "se defendeu" dizendo que não é mais "um adolescente", como se estivesse arrependido das lutas que o caracterizaram. Disse também que não tem mais um "ideal socialista", pois tal fenômeno teria arruinado países como Cuba, Rússia e China (!). Jeferson Moura, na réplica, foi direto ao comentar a coligação de Gabeira: "antes só que mal acompanhado".
Quanto a propostas, pouco houve. O lado positivo é que a política educacional de Leonel Brizola, na década de 80, foi lembrada com carinho e colocada como meta por Jeferson Moura, a qual Fernandro Peregrino mostrou concordar.
Aguardemos, tem muita água pra rolar. E se propostas aparecerem, melhor.
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