quinta-feira, 1 de abril de 2010

Balanço De Março

Cinemas, jogos, chuvas, moedas, show... esse mês de março foi que foi.

Assisti "Um Olhar Do Paraíso", "Ilha Do Medo", "Educação" e "Como Treinar O Seu Dragão". Quatro bons filmes, cada um à sua proposta.

Dia 3 fui ao Maracanã, arrastado por dois urubus, assistir Flamengo e Madureira. Partida horrorosa dentro de campo e público presente em números bisonhos: o clube da "maior torcida do mundo" levou pouco mais de duas mil pessoas a pagarem ingresso para vê-lo jogar. E eu, um mané por completo, era uma delas.

Dia 5 foi aniversário de mamãe, parabéns pra ela! (:

Dia 6 a chapa esquentou aqui em casa. Aliás, a chapa molhou - e como molhou - aqui em casa. Um plástico localizado (de forma suspeita) na calha fez com que a chuvarada que caiu dos céus entrasse pelo sóton e improvisasse um chuveiro em pleno corredor do segundo andar de onde moro. Foi muito sinistro, a casa ficou mais de uma semana com aquele cheiro de água impregnado (sim, água tem cheiro).


É o que parece: água caindo pelo teto.

Dia 9, um camarada e eu estabelecemos um novo recorde de troca de moedas por cédulas. Fomos a uma franquia do Mega Matte com centenas de moedas (valores de 50 centavos e 1 real), totalizando R$307,50. Foi o passatempo da noite da funcionária do caixa, que mantinha na face uma expressão de grande satisfação por estar renovando incrivelmente o seu estoque de troco. De nada.

Dia 14, Fogão e Olaria no Engenhão. Se na semana anterior havia pego chuva dentro de casa, dessa vez o banho foi na minha segunda casa. Caíram águas torrenciais e o estádio chegou a ficar às escuras por queda de energia. Não entendo uma parada: se a nossa matriz energética vem das hidro-elétricas, havendo muita hidro, como pode faltar a elétrica? O fato é que nem pude voltar de ônibus pra casa, pois o ponto tinha virado uma piscina - o piscinão do Engenhão. No meio de tanta água, sobrou pro telefone celular. Ele já vinha se comportando de forma suspeita, e depois desse episódio pediu arrêgo legal. Mas, no dia seguinte, como de forma sobrenatural, ele voltou a funcionar. Não é lá um funcionamento pleno (ele passou a estar "carregando" mesmo fora da tomada), mas é espantosa a resistência do aparelho.

Acabou o papo de chuva? Nada. Dois dias depois do jogo de pólo aquático na grama do Engenhão, São Pedro voltou a me contemplar com os seus serviços meteorológicos. As cadelas e eu, dando uma humilde volta no Maracanã, recebemos um dilúvio pra lavar até a alma. Elas podem se sacudir e espirrar água pra tudo que é lado, mas e eu?

Mas tranqüilo. A gente vivencia essas paradas numa boa. O "problema" está na interpretação, não na coisa em si. E, realmente, não havia problema nenhum. Estava por vir era algo maravilhoso: o show de Franz Ferdinand, na Fundição Progresso. Faltam-me adjetivos pra qualificar aquilo que testemunhei à altura do que o show merece. Vou me limitar a dizer que foi absolutamente Franztástico.


Momento em que o vocalista Alex Kapranos voa para a galera: fechando com chave-de-ouro.

Franz Ferdinand [20mar2010] Rio De Janeiro from 3DURLZ on Vimeo.



Na última segunda-feira, Armando Nogueira despediu-se do corpo físico. É uma figura que me faz lembrar de vovô, não apenas por ambos terem trabalhado juntos ou por ambos serem jornalistas ou por ambos amarem futebol e entenderem desse esporte como poucos. Acho que o que me faz recordar é o conjunto dessas características somados à simplicidade e singeleza com que expõem suas opiniões, engrandecendo o mais banal dos acontecimentos, como por exemplo um gol numa partida de futebol. Como colocou Chico Alencar através do Twitter:
'A morte não é o fim do mundo: quem morre muda, e quem muda melhora'. Do Armando Nogueira, que partiu hoje, no 1º dia da Semana Santa.
Vai ver todas as águas de março, fechando o verão, anunciavam a despedida desse poeta das crônicas esportivas.

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